terça-feira, 12 de janeiro de 2010

3º Trimestre

Postado por Unknown às 16:47 2 comentários

Cuidados que a grávida deve tomar no período das festas de fim de ano

Da alimentação às viagens, é preciso estar atenta em alguns detalhes

Malu Echeverria

Shutterstock












Com a chegada das festas de fim de ano, a rotina da família inteira muda. Viagens, festas e excessos alimentares são comuns. Por isso, as mulheres que estiverem grávidas nessa época do ano devem ficar atentas a alguns detalhes. 
Viagens
Se o seu obstetra vai viajar, agende uma consulta alguns dias antes para checar se está tudo bem. O ideal é que ele indique algum médico substituto, de preferência um que esteja a par do seu histórico médico, para atendê-la no período em que estiver fora. 

Quem vai viajar é você? Em primeiro lugar, é preciso o aval do obstetra. Além disso, os cuidados variam de acordo com a saúde da mãe e do bebê e da idade gestacional. Veja mais dicas para viajar durante os nove meses.
Compras
Prefira ir às compras de manhã, quando o sol é mais fraco e as lojas estão mais vazias. Se tiver que enfrentar o trânsito, pare e estique as pernas a cada hora. Também compre os presentes que puder - e até o seu vestido de Natal ou Ano Novo - pela internet. 
Ceia e afins
Na maioria dos casos, não há restrição alimentar para as grávidas nesse período. Mas isso não significa que você pode se entupir de panetone, rabanada, peru, frutos secos e assim por diante. A dica é a mesma durante toda a gestação: coma de tudo, mas sem exageros. Refeições volumosas podem causar mal estar, já que a digestão é mais lenta na gravidez. Evite também os pratos que não está habituada ou de origem duvidosa.
Temperatura máxima
Alguns desconfortos comuns na gestação, como inchaços, tontura e pressão baixa, tendem a piorar com a chegada do verão. De férias ou trabalhando, as grávidas devem usar roupas leves e beber muito liquido. Pegue leve: nada de carregar peso e, algumas vezes ao dia, descanse com as pernas elevadas. Na hora de escolher roupas e sapatos para as festas, opte pelos confortáveis.
Quase na hora do parto
Se o nascimento estiver previsto para esse período, melhor não viajar a lugares distantes ou de difícil acesso. Além disso, evite aglomerações. A correria típica de fim de ano tira o fôlego - e a paciência - de qualquer um. Na medida do possível, aproveite o intervalo para relaxar. 

As mudanças físicas e emocionais no terceiro trimestre da gravidez

Saiba os detalhes de tudo o que acontece com você

Patrícia Cerqueira
Divulgação
Ao mesmo tempo que desejam que os meses passem rápido por causa do peso na barriga, das dores nas costas, das noites insones, dos pés inchados, as grávidas também não querem se desfazer da barriga, das atenções que essa condição determina. E isso também significa passar pelo parto, sempre uma fonte de preocupação para mães. Essa ambigüidade acaba atenuada pelo próprio bebê. No início do sétimo mês, embora ele esteja grande, ainda tem espaço para se movimentar. E como se mexe! É uma delícia senti-lo, mas a sensação pode tornar-se incômoda logo. A partir do oitavo mês, as grávidas costumam reclamar que o bebê coloca o pé na costela, provocando dor e falta de ar. "Nessa fase, a criança tem pouco espaço e, quando se estica, o útero encosta no fígado, causando uma dor que a mãe interpreta como se fosse na costela", diz a ginecologista Rosa Ruocco. Basta empurrar o bebê para o lado esquerdo que melhora. 

Os seios voltam a crescer. É provável que comecem a eliminar colostro, uma secreção meio branca ou meio amarelada, rica em anticorpos, que vai alimentar o bebê nos primeiros dias depois do parto. 

Com o crescimento do útero, o estômago fica mais achatado e abriga menos alimentos. Se a grávida come demais, pode vomitar. E, se ela deitar depois de comer, pode sentir um gosto azedo na boca. É o retorno do suco gástrico, o refluxo. Uma forma de driblar esse incômodo é se alimentar mais vezes ao dia, em pequenas quantidades. E evitar frituras, temperos fortes e bebidas gasosas, que predispõem à azia. 

Reta final 
Agora, as grávidas parecem maratonistas. A respiração fica mais curta e freqüente. A falta de ar é causada pela pressão do ventre desenvolvido sobre o diafragma. O crescimento do bebê também aperta a bexiga, podendo levar a perdas involuntárias de pequenas quantidades de urina ao tossir, correr, rir ou fazer algum esforço. A melhor prevenção é urinar com freqüência. Cãibras são comuns no período final da gestação e podem ser sintoma de falta de cálcio e potássio. Quando for atacada por cãibras, massageie a parte do corpo afetada e faça alongamento. 

Você pode ainda se queixar de dor na bacia e nas costelas porque os ossos dessa região passam por uma acomodação para o parto. "Eles se abrem um pouquinho. A movimentação é quase imperceptível, porém dolorida ", avisa Rosa. É possível também sentir dor nos ossos, na altura da vagina, porque o bebê vai descendo e se encaixando. "Esse movimento pressiona os ossos do baixo-ventre causando uma dor que se irradia pela região", explica a ginecologista. É o corpo já se preparando para expulsar o bebê. Fique atenta aos sintomas do trabalho de parto. Eles nem sempre são claros, resultando em ansiedade e aumentando o mistério sobre o fim da gestação. Segundo pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, fetos de ratos liberam uma proteína dos pulmões, desencadeando o trabalho de parto. A substância sinaliza que os ratinhos podem respirar fora do útero. Os cientistas acreditam que em seres humanos ocorra o mesmo. Mas não se arriscam a confirmar. Pesquisas em humanos envolvem risco de aborto. Um preço muito alto a pagar. 

Medos e ansiedades 
O último trimestre também pode ser um período de temores para muitas grávidas. Para outras, apenas de certa apreensão ou ansiedade com a proximidade do parto. Mães de segundo filho costumam ficar apreensivas com o futuro - dar conta das duas crianças - ou dirigem sua preocupação à reação que o primogênito poderá ter com a chegada do irmão. Certas gestantes enfrentam o receio do marido de machucar o bebê durante a relação sexual. "Ele acaba rejeitando o sexo, e ela pensa que é porque está gorda", diz a psicanalista Maria Cristina. Seja qual for sua preocupação, leve-a para o médico. Mesmo que ele não tenha todas as respostas, você vai se sentir aliviada por conversar.

Fortes dores de cabeça no terceiro trimestre da gravidez

A gestante precisa ficar atenta, pois esse tipo de dor pode estar ligado a problemas sérios como a eclampsia

Mônica Brandão
André Spinola e Castro
Dores de cabeça muito fortes são sinais de alerta de emergência quando acontecem na região da nuca, e mais perigosas quando acompanhadas de dor no estômago e visão turva. “Geralmente significam que a pressão da mãe subiu muito e ela pode ter problemas sérios como a eclâmpsia, que a leva a ter convulsões e a não suprir o bebê com oxigênio”, explica o obstetra Alcides Vara.

Corrimento no terceiro trimestre da gravidez

A presença de secreção vaginal pode indicar o início da dilatação do colo do útero

Em pequena quantidade e mais escuro, o corrimento não é sinal de nada urgente, mas deve ser investigado. Em geral, trata-se de um pouquinho de sangue que acabou se misturando com as secreções vaginais, o que não é indício de problema nem para a mãe nem para o bebê. Mas também pode ser sinal de alguma doença ginecológica ou de um começo de dilatação do colo do útero, que deve ser bloqueada com medicamentos se o bebê ainda estiver imaturo para nascer.



Tontura na gravidez

Permanecer deitada de barriga para cima por muito tempo pode fazer a gestante desmaiar

Malu Echeverria

Fernando Martinho
A sensação de desequilíbrio, comum no início da gravidez, é decorrente da queda de pressão arterial. Isso porque o aumento do volume de sangue circulante no corpo da grávida (em média 1,5 litro a mais) pode, às vezes, sobrecarregar o coração, que leva mais tempo para bombear sangue para o cérebro. A partir do quinto mês, a circulação também pode ficar comprometida pela pressão do útero sobre algumas veias, ou mesmo por causa de posturas inadequadas, que dificultam a irrigação cerebral. "Se deitar com a barriga para cima, por exemplo, o útero vai comprimir a veia cava da gestante, que pode até desmaiar se permanecer muito tempo assim", alerta o obstetra Dalton Matsuo. O especialista ressalta que calor e jejum prolongado também provocam tonturas.

O que fazer: Use roupas leves e frescas, evitando lugares pouco arejados. Nada de movimentos bruscos. Quando você se levanta de repente, a gravidade faz com que o fluxo sanguíneo se direcione para os pés, diminuindo a pressão arterial. É o que os médicos chamam de hipotensão postural. Por isso, ao sair da cama, permaneça sentada por alguns minutos antes de se colocar em pé. Melhor dormir de lado, com as pernas um pouco elevadas sobre uma almofada ou travesseiro. E, para variar, evite ficar muitas horas sem comer.

Cansaço na gravidez

A mudança hormonal é responsável pela fadiga no início da gestação

Malu Echeverria

Fernando Martinho
Cansaço e sono excessivo são alguns dos primeiros indícios da gravidez. O motivo é a revolução hormonal que ocorre no seu corpo, que se prepara para gerar um novo ser. Uma vez assentadas as mudanças, por volta do terceiro mês, a tendência é que a disposição volte ao normal. A fadiga aparece novamente no final da gestação, por volta da 30ª semana. Não só pelo peso da barriga, que a deixa cansada, mas também pelas noites de sono maldormidas. 'O crescimento do útero comprime a bexiga, aumentando a freqüência de micção da grávida. No fim da gravidez, é comum ela se levantar três ou quatro vezes para ir ao banheiro durante a madrugada', explica o obstetra Dalton Matsuo. O barrigão também atrapalha na hora de encontrar uma posição confortável para dormir.

O que fazer: O jeito é repousar sempre que possível. Um cochilo de dez minutos após o almoço renova as energias. Se achar necessário, durma algumas horas a mais por noite. Aproveite para descansar agora, uma vez que, depois que o bebê nascer, suas noites provavelmente serão longas.


Caminhadas durante o terceiro trimestre da gestação

Exercícios físicos ajudam a grávida a manter a forma, mas é preciso regular a intensidade

Suzana Dias

Fernando Martinho
Não deixe os exercícios de lado no terceiro trimestre. Mas leve em conta se você se encaixa na categoria iniciante, que não costuma se exercitar, na intermediária, que pratica alguma atividade física com regularidade, ou na avançada (é praticamente uma atleta). Confira as indicações para cada um dos perfis durante o 3º trimestre. 

Iniciante 
Você está na última fase da gestação. Força de vontade: é hora de melhorar seu condicionamento. 
Caminhe três vezes na semana, 30 minutos sem parar, espaçando os dias. Porém, não exagere no ritmo: nada de ficar de língua de fora! Reserve os dias livres para se dedicar aos últimos preparativos para a chegada do bebê, o que também irá exigir de você fisicamente. 

Intermediária 
Sua barriga cresceu e, por mais que você se sinta bem e seu médico lhe dê nota 10, é hora de diminuir a intensidade dos exercícios. Modere. Caminhe, sim, três vezes por semana, mas consciente da sua situação. Que tal entre 20 a 35 minutos? Se você estiver com mais pique, poderá chegar aos 30 ou 40 minutos, desde que se observe e tome cuidado para não exagerar. 

Avançada 
Aqui, sim, você vai diminuir o ritmo. Experimente descansar um pouquinho durante as caminhadas. Faça isso sem parar totalmente, diminuindo a velocidade. Sua barriga deve estar pedindo calma. Caminhe de 35 a 45 minutos, medindo a freqüência cardíaca e mantendo a respiração tranqüila. É hora de descansar e começar a planejar a sua volta à atividade física após o parto. 

O que a grávida deve fazer quando a bolsa estourar?

A primeira coisa é manter a calma. Veja as dicas

Redação Crescer
Com a proximidade do parto, as futuras mães temem que a bolsa d’água estoure subitamente em público. A cena é comum em novelas, mas não na vida real. Na maioria dos casos, isso ocorre quando a mulher está na maternidade, em pleno trabalho de parto. "Apenas 10% das grávidas em final da gestação têm a bolsa rompida antes do início do trabalho de parto, que em geral começa com as contrações", explica o obstetra Jorge Kuhn, professor da Universidade Federal de São Paulo.
A bolsa d’água, que envolve o bebê no útero, é formada por duas membranas e preenchida pelo líquido amniótico. Tem a função de proteger o bebê contra traumas e infecções. Depois que ela se rompe, o parto ocorre, no máximo, nas 48 horas seguintes. Alguns obstetras, no entanto, optam por induzir o nascimento com medicamentos em seguida, a fim de evitar infecções.
Como saber se a bolsa estourou de verdade? "Não é difícil identificar, já que a perda de água é intensa e, ao contrário da urina, a gestante não consegue controlar", diz o obstetra Luciano Gibran, do Hospital e Maternidade São Camilo. O líquido amniótico tem cor clara, quase transparente, e cheiro de água sanitária. Em alguns casos, porém, o rompimento se dá sutilmente, gotejando aos poucos.
E o que a grávida deve fazer quando a bolsa estoura? A primeira coisa é manter a calma. O estouro da bolsa não significa que o bebê irá nascer imediatamente. Se o líquido for transparente, você não precisa ter pressa. Ligue para o seu companheiro e o seu médico, tome um banho, arrume as coisas e vá para a maternidade. Se junto com o líquido sair uma secreção de coloração escura, siga para o hospital rapidamente. Quando adquire cor, pode indicar, por exemplo, que houve o descolamento de placenta.
Se a bolsa romper antes do fim da gestação, vá para a maternidade e ligue para seu obstetra. Há casos em que o médico consegue adiar o parto para que o bebê se desenvolva um pouco mais. Como o líquido continua a ser produzido pela placenta, a mulher deve ficar em repouso para mantê-lo.

Entrei em trabalho de parto!

Saiba reconhecer os principais indícios de que ele vai começar

Deborah Kanarek

Fernando Martinho
Patrícia Machado utiliza um estetoscópio para tentar ouvir o bebê, o que a levou duas vezes à maternidade com alarmes falsos
A hora certa de ir para a maternidade é uma das principais dúvidas quando se chega ao fim da gravidez. Alguns sinais indicam que o momento está próximo, mas eles variam de mulher para mulher e diferem a cada gestação. Se você está tentando imaginar o começo do seu trabalho de parto, saiba que o mais provável é que ele se inicie na forma de cólicas. De acordo com o ginecologista e obstetra Edilson da Costa Ogeda, esse é o sinal de largada para 60% das mulheres. Outro indício de que chegou a hora é a ruptura da bolsa, identificável pelo vazamento de líquido amniótico pela vagina, que ocorre em 20% das gestações. “O aviso também pode aparecer na forma de um pequeno sangramento. E, em menos de 2% dos casos, as mulheres não chegam a ter nenhum presságio”, diz o médico. 
Conhecer um pouco sobre cada um desses sinais de alerta pode ser útil para avaliar, com mais precisão, principalmente na primeira gravidez, se realmente é o momento de pegar as malas e ir para a maternidade ou se trata de um alarme falso. “No fim da gestação, a ansiedade aumenta, o que costuma atrapalhar a interpretação dos indícios”, lembra Ogeda.


Contrações 
Embora elas sejam o prenúncio mais comum do início do trabalho de parto, na forma de cólicas, são também o sinal que mais confunde as grávidas. Isso porque o nono mês de gestação é um período no qual a mulher pode se sentir menos confortável com o corpo. É normal que ela esteja inchada, registrando uma pressão maior sobre os órgãos internos e sentindo mais o peso do bebê, que vai encaixando-se na pelve. Tudo conspira para que ela confunda pequenos mal-estares com cólicas, afirma Ogeda. 

Mas o que são essas cólicas? “Para tirar a pasta de dente do tubo é preciso apertá-lo. Da mesma maneira, um bebê precisa de contrações para sair do útero”, compara o ginecologista e obstetra Rubens Paulo Gonçalvez. As dores, inicialmente pequenas, são o resultado desses movimentos. Elas aparecem na parte final da coluna, ou na bexiga, e são acompanhadas do endurecimento do útero, diferentemente das contrações normais e indolores que ocorrem a partir do quinto mês, quando a barriga endurece e amolece, sendo conhecidas como contrações de Braxton-Hicks. 

O falso início do trabalho de parto se caracteriza ainda por contrações com intervalos irregulares. Em alguns casos, as dores, principalmente no baixo ventre, podem até ficar mais fortes em um curto período, mas costumam regredir rapidamente. Perceber todas essas diferenças não é mesmo fácil. A analista contábil Patrícia da Silva Oliveira Machado, chegou a ir para a maternidade e ser mandada de volta para casa em duas ocasiões durante a gravidez. “Perdi a conta de quantas vezes liguei para o médico nas últimas semanas de gravidez”, conta. 

Para evitar esse vai-e-volta à maternidade, a grávida deve observar se as contrações são regulares, se a intensidade tende a aumentar e se o intervalo entre elas diminui. “No primeiro filho, espere para sair de casa quando contar contrações regulares a cada cinco minutos, por cerca de 40 minutos”, explica Gonçalvez. “A partir do segundo filho, principalmente se os outros nasceram de parto normal, é melhor não esperar tanto.” 

Rompimento da bolsa Quando a bolsa que envolve o bebê se rompe, o nascimento costuma ocorrer em, no máximo, 24 horas. “Após 12 horas, convém induzir o parto, pois há risco de contaminação do interior do útero”, avisa Gonçalvez. Mas a ruptura da bolsa nem sempre é tão fácil de identificar. Quando acontece na parte inferior, um volume grande de líquido vaza de uma só vez. Se ela se dá em regiões mais altas, os jatos são intermitentes e menores, como se a grávida estivesse perdendo urina. Para tirar dúvidas, saiba que o líquido amniótico tem um cheiro bem diferente do da urina e a coloração lembra água-de-coco. 

O obstetra Gonçalvez recomenda usar calcinhas brancas no fim da gravidez. No caso de ruptura da bolsa, isso facilita ver a coloração do líquido. Caso o bebê tenha evacuado, o líquido ficará esverdeado, o que pode indicar necessidade de maiores cuidados. 

O trabalho de parto pode ainda começar com um sangramento, conforme a localização da placenta, explica Gonçalvez. “No caso das placentas conhecidas como baixas, prévias ou marginais, geralmente diagnosticadas no pré-natal, um sangramento vermelho-vivo poderá ocorrer nas primeiras contrações ou mesmo sem elas”, diz o médico. Já a perda do tampão mucoso, de aspecto gelatinoso, que protege a entrada do útero, indica que o fim da gravidez se aproxima. A perda, com ou sem sangramento, pode acontecer de algumas horas até 15 dias antes do parto. 

Calma! Como se vê, não faltam sinais que indicam que o trabalho de parto vai começar. E, se você está certa de que apresenta algum deles, acalme-se. “Só nos filmes e, em raríssimos casos, os bebês nascem antes que a mãe consiga chegar à maternidade”, afirma Ogeda. Mesmo assim, há quem fique aflita no finzinho da gravidez. No caso da pedagoga Luciana Mina, mãe de três filhos, durante sua última gravidez, aconteceu um misto de ansiedade e preocupação de que o bebê passasse da hora. “Meu coração acelerava, as contrações aumentavam, já não conseguia mais contar os intervalos, meu marido ficava nervoso, e as contrações pioravam, aí o jeito foi ir para a maternidade, porque ninguém mais tinha condições de avaliar se a hora tinha mesmo chegado”, diz ela.
Beto Tchernobilsky
Massagens circulares nas costas, feitas pelo pai, por uma doula ou por uma enfermeira, ajudam bastante. Caminhar também contribui para diminuir a dor das contrações e controlar a ansiedade. 
Se preferir permanecer sentada ou deitada, procure a posição mais confortável e use travesseiros e almofadas macias. Ficar em imersão numa banheira de água quente ou mesmo sob uma ducha proporciona muito alívio. Existem maternidades que oferecem música relaxante, cromoterapia (projeção de cores no teto do quarto) e travesseiros com aromas relaxantes. A respiração deve ser profunda e lenta, cadenciada, com inspiração pelo nariz e expiração pela boca, para melhorar a oferta de oxigênio para o bebê. Estar acompanhada das pessoas escolhidas para compartilhar esse momento também colabora para o bem-estar da parturiente.




2º Trimestre

Postado por Unknown às 16:41 0 comentários

As mudanças físicas e emocionais no segundo trimestre da gravidez

Descubra o que está acontecendo com seu corpo

Patrícia Cerqueira

Divulgação
No início desse período, todas as grávidas se sentem bem melhor porque a fase crítica de enjôos, azia e alta freqüência da urina passou. O corpo está mais ajustado às ações hormonais. Os seios seguem aumentando, agora mais discretamente. “Tudo parece mais gostoso e por isso elas ficam mais felizes e podem exagerar na comida”, diz a ginecologista Rosa Ruocco. Olho vivo na balança. O ganho de peso normal nesse período é de 5 a 7 quilos, muito por conta do crescimento do feto. É por isso que o aspecto físico nesse segundo trimestre muda rápido. No início, a mulher pode até se sentir incomodada por parecer mais gorda do que grávida. Apesar de o feto ser ainda pequeno, cerca de 15 centímetros, o corpo se alarga para acomodá-lo. A cintura engrossa e a barriga fica cheia.

Essa sensação de estar gorda dura pouco tempo. No final do quarto mês, a barriga começa a delinear-se logo abaixo do estômago. O feto está crescendo e, para dar conta disso, seu corpo trabalha a todo vapor. A hora extra cansa. E a fadiga continua. Assim como a prisão de ventre, porque o intestino fica comprimido com o aumento do útero. Aliás, com a expansão do útero, outros órgãos são apertados — e até deslocados. “O estômago vai para a direita, deixando a digestão ainda mais lenta. E o coração cai mais para a esquerda”, explica o obstetra Edilson da Costa Ogeda. O espaço de movimentação do diafragma vai ficando menor. Você sente falta de ar.

O metabolismo acelerado eleva a sua freqüência cardíaca em mais ou menos 20%, o que chega a provocar queda da pressão arterial. “É um sinal positivo. Indica também que a placenta está trabalhando corretamente, beneficiando-se do maior volume sanguíneo no corpo”, diz o obstetra Wladimir Taborda. Além da queda na pressão, você pode ter dores de cabeça, sonolência, tonturas e desmaios como conseqüência desse aumento. Isso é normal. De acordo com Ogeda, basta, por exemplo, comer uma azeitona (o sal que ela contém eleva a pressão) e relaxar por alguns minutos. Quando a pressão não cai ou aumenta, o médico precisa checar possíveis problemas circulatórios. “Para a mãe, o maior risco é a hipertensão arterial, que pode comprometer a oxigenação do bebê e seu crescimento”, alerta Taborda. 
Outro sintoma que pode surgir no segundo trimestre é a insônia. As noites em claro, misturadas à ansiedade da gravidez, em geral podem afetar o sono. O fato de não conseguir dormir direito interfere na capacidade de concentração. Muitas grávidas reclamam de desatenção. Alguns momentos de descanso podem minimizar esse efeito.

Não é só a insônia que chama a atenção da grávida nesse período. A partir do quinto ou sexto mês, a barriga pode começar a ficar dura. São contrações, normais e esperadas. Elas só devem ser motivo de preocupação se forem dolorosas, muito freqüentes ou se houver sangramento.

No fim do segundo trimestre, pode aparecer o que os médicos chamam de linha nigra na barriga. Uma linha escura, vertical, que começa perto do púbis e pode alcançar a boca do estômago. “Ela surge por causa da sensibilidade da grávida a um hormônio relacionado à pigmentação”, explica Ogeda. É comum essa sensibilidade provocar manchas no rosto, o cloasma. São as duas regiões propensas às manchas. E ninguém sabe por quê. “Do rosto, até poderíamos dizer que é uma região muito exposta à luminosidade. Mas a barriga não é”, completa o obstetra.

Paz e tranqüilidade Como já está mais acostumada com a idéia da gestação e com as mudanças no corpo, a grávida sente-se plena e bonita, tanto que o apetite sexual volta. Muitas relatam, até mesmo, que têm o primeiro orgasmo. "É um período mágico porque é o ápice da mudança do corpo e elas sentem o bebê mexer", diz a psicóloga Eliana Pommé. Depois desse marco, passam a decifrar os chutes - chutou por causa disto ou daquilo. A ligação com o bebê vai se solidificando e aumenta quando a mãe descobre se é menino ou menina. Então, passa a chamá-lo pelo nome e a idealizá-lo. Cria uma imagem e sonha como ele será. Mas o humor continua oscilando, principalmente se engordou muito. "Surge o drama do corpo e ela questiona se engordará mais e se conseguirá voltar a ser como antes", diz Eliana. 

O que os sonhos da grávida dizem

Eles não são premonitórios, mas mostram como você encara sua gestação

Por Jeanne Calegari

Shutterstock
Inundações, enchentes, animais, caminhos de terra. Imagens estranhas rondam o sono das mulheres grávidas. Nem sempre elas são agradáveis. Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa do Sono do hospital do Sagrado Coração de Montreal, no Canadá, mostra que 59% das gestantes sonha com o bebê em perigo. Calma: isso não quer dizer que o sonho mau vá se realizar, ou que o bebê será prejudicado. Na maior parte das vezes, os sonhos dizem muito mais sobre como você encara a gravidez do que o jeito como ela está ocorrendo.

Quando a mulher fica grávida, seu corpo se prepara para abrigar o filho e dar à luz. A barriga cresce, os seios incham. Ao mesmo tempo, o emocional é afetado, a mulher fica à flor da pele, ultra-sensível. Também a mente, ou, como preferem os psicólogos, a psiquê, sofre modificações. “A mulher, que até então era filha, passa a ser mãe”, diz a psicóloga Marion Rauscher Gallbach. E esse novo papel é totalmente desconhecido.

Nessa etapa, o filho existe apenas na cabeça dos pais. Você imagina como vai ser a criança, o jeitinho dela. E, é claro, também pensa no pior: e se ela nascer com problema? E se tiver alguma doença? Às vezes, os pais, principalmente os de primeira viagem, têm medo de não conseguir tomar conta da criança. “Essa insegurança vai aparecer nos sonhos”, diz Denise Gimenez Ramos, psicóloga. Isso é normal e reflete uma angústia legítima.

O grau dessa angústia vai depender de como a mulher lida com a gravidez. “Se a relação dela com a própria mãe é boa, se o casamento vai bem e o filho foi desejado, a mulher vai se sentir mais segura, e os sonhos vão refletir isso”, diz Denise. Quanto menos preparada para ser mãe a mulher se sentir, mais ansiedade ela deverá ter.

Mergulhada nas águas
A gravidez é um período intenso, ligado às emoções, e isso pode fazer com que imagens riquíssimas apareçam nos sonhos. E elas dizem respeito ao que aquilo significa para cada um, ou seja, não dá pra interpretar igual para todo mundo. Alguns elementos, porém, se repetem.
Um elemento que aparece durante toda a gravidez é a água. No primeiro trimestre, isso se traduz em sonhos com enchentes, rios, grandes quantidades de água. Para Marion Gallbach, esses sonhos se relacionam com a formação do líquido amniótico, que vai proteger o bebê na barriga da mãe. Autora do livro Sonhos e Gravidez: Iniciação à Criatividade Feminina, Marion também vê na água o símbolo do feminino, das emoções, da criatividade, do novo. “Nesse momento, a mulher fica inundada de emoções, perde o pé firme que tinha antes”, diz ela. “Não dá para passar pelo processo sem se molhar, sem se transformar.”

Outro sonho típico é com alimentação. Imagens de que está dando de comer a alguém, por exemplo. E também o sonho com animais. É comum que a mulher sonhe estar dando à luz um gato ou outro bicho qualquer. Por mais estranho que isso possa parecer, a explicação é simples. Para ter um filho, a mulher deve deixar de lado o racional, o intelectual, e se entregar mais às emoções, ao instintivo. “Ela deve ser capaz de dar à luz como um animal”, diz Marion. A perda do contato com esse lado da personalidade se reflete em um número muito alto de cesáreas desnecessárias, em que o medo da dor é o principal responsável pela escolha da cirurgia.

Também são comuns os sonhos com pomares, com a terra semeada. A terra é símbolo da maternidade, da mãe que recebe a semente e espera que ela germine. Estamos acostumadas a ter sempre o controle da situação ou a achar que temos o controle. Na gravidez, tudo isso é virado de pontacabeça. A mulher deve ser receptiva e aprender a esperar, a ter paciência, como a terra com a semente. Ela não controla o crescimento da barriga. Existe uma mudança, que aparece também nas imagens de transição, como atravessar uma ponte.

Uma a uma, essas imagens ensinam a mulher a lidar com o novo papel. Mesmo que não saiba o que significam, de algum modo elas estão refletindo as mudanças em seu interior. Vale a pena, então, dedicar um pouco de tempo para anotar e prestar atenção aos próprios sonhos. Assim, talvez você consiga entender um pouco melhor e curtir ainda mais esse momento de sua vida, o mistério do nascimento de um filho. E da mãe que existe em você.

Aproveite seus sonhos
Não é preciso ser terapeuta para começar a prestar mais atenção aos sonhos. Afinal, a chave para decifrá-los está dentro de você
· Ao acordar, procure lembrar-se do sonho. Não deixe para depois, pois os detalhes vão esmaecendo ao longo do dia. Anote-os em um diário para não esquecer.
· Converse com alguém a respeito do sonho. Outras pessoas podem ajudá-la a perceber relações que você não reparou.
· Preste atenção nas emoções despertadas. Muitas vezes, uma situação banal, como um passeio na praia, desperta sentimentos angustiantes. Já em outras o sonhador não sente nada, mas a imagem é muito forte.
· Sonhos recorrentes significam que o assunto é importante. Agora, se o que se repete são pesadelos, é melhor procurar a ajuda de um terapeuta.
· “Dentro de cada um de nós existe um outro, que fala conosco por meio dos sonhos”, disse Jung. Converse com seu outro, questione. Em algum momento as associações vão começar a aparecer.
· Os elementos são importantes, mas também sua postura em relação a eles. Por exemplo, uma mulher sonha que mergulha no mar, e outra, que teme entrar no rio. Ambas sonharam com água, o símbolo da emoção, mas a primeira aceita a situação, a vivencia com prazer, enquanto que a segunda está amedrontada.

O médico recomendou repouso absoluto na gravidez. E agora?

Saiba como agir nessa situação inesperada

Fernanda Portela

Fernando Martinho
Em repouso, Maria Claudia manteve-se em contato com o trabalho
Você está grávida e acabou de receber a notícia de que terá de ficar de repouso. Bate a primeira angústia: “Será que vou perder o bebê?” A segunda preocupação pode vir logo em seguida: “Mas, doutor, como repouso? E o meu trabalho?” Nessas horas, os médicos costumam ser objetivos: “Ou seu filho ou seu trabalho”. Você não precisa pensar duas vezes. Quer seu bebê e vai para cama, como recomendou o médico. Então liga para o chefe e avisa o que aconteceu. Provavelmente, ele será maravilhoso. Dirá para você não se preocupar, porque alguém cuidará da tarefa que você fazia. Você se tranqüiliza, mas, ao mesmo tempo, ganha uma “pulga” atrás da orelha. Sente que está causando transtornos no ambiente de trabalho e não sabe no que isso vai dar. Era essa sensação, principalmente, que incomodava a empresária paulista Maria Claudia Mesquita de Oliveira que teve de entrar em repouso absoluto, por três semanas, no segundo mês de gestação. “Eu sou a chefe no escritório, ninguém ocuparia o meu lugar, mas fiquei insegura e ansiosa do mesmo jeito. Costumo estar lá 12 horas por dia, controlando tudo, e tinha muito medo de que as coisas não andassem como deveriam na minha ausência”, explica.


Em contato com sua equipe, por telefone ou por e-mail, Maria Claudia conseguiu aplacar um pouco da sua inquietação e cumprir duas das três semanas de repouso na cama. O problema maior passou a ser ficar parada. “Eu atendia clientes por telefone, pois preferia eu mesma tirar suas dúvidas e manter o bom relacionamento com eles. Também lia, assistia a filmes, conversava com minha mãe, mas não suportava mais não poder me mexer. Só levantava para ir ao banheiro. Isso estava me enlouquecendo”, lembra.

Maria Claudia resolveu interromper o repouso por conta própria. “Sou muito teimosa. A médica tinha dito que não haveria riscos para o bebê desde que eu ficasse parada. Mas eu não sentia mais nada, não tinha mais sangramentos, dor, nenhuma indisposição. Voltei a trabalhar sem deixar isso muito claro para a médica. Ela imaginava que eu estava fazendo meio período”, conta a empresária. Nesse meio tempo, a médica lhe pediu um novo exame de ultra-som e ele ainda acusava um descolamento da placenta, o motivo do repouso. “Aí, ela foi categórica: ou eu ficava mais duas semanas em casa ou seria internada no hospital por uma semana. Concordei em repousar em casa, mas dessa vez não precisei ficar direto na cama, podia levantar para almoçar”, lembra Maria Claudia.

Marcar presença Quem não é chefe pode ficar mais aflita com um afastamento forçado do trabalho. Não sabe se será substituída e se conseguirá manter a mesma presença junto ao chefe ou à equipe no retorno. Por isso, especialistas de empresas aconselham à grávida nessa situação a se manter em contato com seu empregador. “Além de demonstrar interesse e poder ajudar com informações, essa aproximação torna a funcionária visível e evita que fique desorientada na volta”, resume o consultor de empresas Julio Lobos.
Em contato
· Ajude o chefe a encontrar um substituto para realizar sua tarefa e a encaminhar o trabalho.

· Procure manter-se em contato com os colegas de trabalho, o que auxilia a não ficar alienada da rotina e até das fofocas profissionais.

· Se o afastamento promete ser longo, tente associar seu retorno a novos projetos. Haverá mais chance de garantir espaço profissional no futuro.

Contrações no segundo trimestre da gestação

Em alguns casos, a ocorrência de contrações neste período é normal, mas o acompanhamento médico deve ser feito de qualquer forma

Mônica Brandão

Cris Bierrenbach
Durante a segunda metade da gestação é comum as gestantes sentirem as chamadas contrações de Braxton-Hicks, descritas como uma pressão ou endurecimento da barriga. São consideradas normais. Se você deitar ou tomar um banho relaxante, esse tipo de contração passa. “Se isso não acontecer e a contração vier acompanhada de cólica semelhante à menstrual, continuando com uma certa freqüência, trata-se do trabalho de parto”, explica o obstetra Alcides Vara. Infecções e algumas causas desconhecidas podem levar o útero a começar as contrações antes da hora. Dependendo da maturidade do bebê, o médico pode optar por adiantar o parto ou segurar a gravidez com medicamentos até o bebê ter condições de nascer. O importante é agir rapidamente, como fez a oftalmologista Sandra. Na 32ª semana da gravidez, ela notou que as contrações que já vinha sentindo tornaram-se muito freqüentes. “Elas vinham de hora em hora. Avisei o médico e fui para o hospital, já em trabalho de parto”, lembra. Não foi descoberta a causa da antecedência. Sandra ficou internada por dez dias, em repouso e tomando medicamentos para inibir o parto. As contrações passaram, Gabriel sossegou, amadureceu e nasceu na hora certa, com 39 semanas.

O que fazer se o bebê não mexe?

A inexistência ou redução dos movimentos fetais por mais de oito horas pode indicar alguma complicação

Mônica Brandão

Cris Bierrenbach
Por volta do quinto mês da gravidez, você deve começar a sentir os movimentos do bebê. Se o ritmo diminui muito ou você pára de sentir essa movimentação, avise rapidamente o médico. Ele ouvirá os batimentos cardíacos fetais e, a partir daí, poderá verificar se o bebê pode estar recebendo menos oxigênio do que seria normal. Quando isso acontece, o pouco que ele recebe é direcionado para órgãos mais nobres. Os menos importantes, como a estrutura muscular, se ressentem e por isso a criança se mexe menos. Doenças como diabete e hipertensão podem levar a essa má oxigenação que, prolongada, causa a morte do feto. Mas lembre-se de que os bebês também descansam. Algumas horas quietinhos não significa nada. Experimente estimular a criança, empurrando sua barriga com as mãos de um lado para o outro. Se ela estiver bem, vai reagir e se mexer. Segundo os especialistas, a falta ou a redução dos movimentos fetais por 12 horas consecutivas é um sinal de perigo. Como para alguns médicos esse período é de oito horas, o recomendável é você tirar a dúvida com o seu obstetra.

Sexo na gravidez: quando o desejo pelo parceiro reaparece

No início, a grávida passa por adaptações e, muitas vezes, perde a vontade de fazer sexo com o marido. Mas, normalmente, a atração reaparece no segundo trimestre da gestação

Malu Echeverria

Cris Bierrenbach
Passada a fase inicial de adaptação, inclusive emocional, a disposição da grávida tende a melhorar. Em geral, essa etapa coincide com a entrada no segundo trimestre. “Ele costuma ser a melhor fase da gravidez, não só para ter relações sexuais. Os enjôos cessam e a barriga ainda não está tão grande a ponto de incomodar durante o sexo”, afirma o obstetra Bento de Souza. Segundo o especialista, nesse período acontece um resgate da sexualidade do casal, pois a tendência é que o desejo da grávida, assim como o bom humor, reapareçam. Outro ponto a favor do prazer no segundo trimestre é a confirmação de que a gravidez vingou, uma vez que a maioria dos abortos espontâneos ocorre nos primeiros três meses.

Apesar de todas as mulheres sofrerem alterações hormonais na gravidez, nem sempre as gestantes torcem o nariz quando o papo é sexo. “O comportamento sexual não pode ser creditado apenas às reações dos hormônios, pois é muito mais complexo. Além dos fatores físicos, envolve o lado psicológico e social de cada um”, afirma o terapeuta sexual Théo Lerner. Muitas gestantes têm o desejo intensificado. “O aumento da irrigação sangüínea por causa da gravidez atinge a região pélvica, tornando-a mais sensível. O mesmo ocorre com os mamilos, embora eles fiquem um tanto dolorosos no início. Isso contribui para que a relação seja mais gostosa”, diz o obstetra Renato Kalil. Existe também uma cumplicidade maior entre o casal, já que o filho, em geral, representa um projeto – e um sonho – compartilhado. Tudo isso aliado ao fato de que ambos podem esquecer os métodos contraceptivos e relaxar por completo, afinal de contas, já estão grávidos! “É na gravidez que a mulher exerce sua sexualidade livremente”, afirma a enfermeira obstétrica Luciana Castelo Branco.

Caminhadas durante o segundo trimestre da gestação

Exercícios físicos ajudam a grávida a manter a forma, mas é preciso regular a intensidade

Suzana Dias

Fernando Martinho
Se não houver nenhuma contra-indicação do seu médico, não há motivos para evitar exercícios físicos. Leve em conta se você se encaixa na categoria iniciante, que não costuma se exercitar, na intermediária, que pratica alguma atividade física com regularidade, ou na avançada (é praticamente uma atleta). Confira as indicações para cada um dos perfis durante o 2º trimestre.

Iniciante Está na hora de começar a se mexer, mas pegue leve. Caminhe duas a três vezes por semana, durante 20 a 25 minutos, parando quando se sentir ofegante. Procure espaçar os dias. Apesar de pouco, já é um ótimo começo para quem não malha com regularidade e está carregando um bebê na barriga.

Intermediária
Mantenha a caminhada em três ou quatro dias na semana, porém, aumentando o tempo para 40 minutos a 1 hora. Não esqueça de se alongar antes e após o exercício. Beba bastante água e preste atenção a como seu corpo está reagindo.

Avançada
Você deve estar bem fisicamente, mas não exagere: o ganho de quilos é real. Se tudo estiver ok, continue com 1h30 por dia. Na hipótese de você já ser uma adepta da corrida, poderá até continuar, mas num ritmo leve, desde que sua saúde e a do bebê estejam ótimas. Fale novamente com seu médico para ver qual é o seu limite. 
 

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