Falar de sexo com os filhos não precisa ser um bicho de sete cabeças. Confira as dicas de uma psicóloga quando perguntarem como são feitos os bebês
Quem tem filho, sabe. Chega uma hora que eles vão perguntar: "o que é sexo?", "como são feitos os bebês?". O que dizer nessas horas, especialmente se a criança for pequena? “É sempre bom ficar atento, pois crianças pequenas podem perguntar sobre sexo querendo saber sobre a questão do gênero (masculino e feminino). Já vi isso e a mãe tinha dado uma aula imensa de concepção. Foi o maior fora”, conta Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo Pompeia.
Caso a criança queira realmente saber sobre o assunto, a psicóloga dá alguns conselhos aos pais. “Recomendo questionar a criança antes de sair falando. O que exatamente ela quer saber? Onde ela viu esse assunto? Foi na TV? Na escola? É bom fazer essas perguntas em um tom amistoso, jamais como se fosse um inquérito, pois pode assustar a criança e inibir futuras perguntas. Responda somente o que a criança quer saber e ponto. Deixe que a criança faça as perguntas conforme tem curiosidade e contenha a vontade de sair ministrando uma palestra”, diz Rita.
De acordo com a psicóloga, geralmente é por volta dos 3 anos que a criança começa a questionar de onde vem os bebês. Mas podem haver situações que podem aguçar a curiosidade, como assistir a uma cena mais picante na TV, ou até mesmo quando a criança faz uma pergunta e os pais acabam desconversando, por vergonha mesmo de tratar o assunto. Veja o que diz a doutora Rita
Aos pais, vale perguntar à criança o que ela já sabe sobre o assunto na hora de especificar uma dúvida?
“É um bom jeito de começar o diálogo. O que os pais não devem esquecer é que não é um assunto resolvido em uma conversa só, pois, conforme a criança cresce, o assunto vai aprofundando e o diálogo se aprimorando com mais informações e, consequentemente, mais perguntas. Dependendo da relação entre pais e filhos, o assunto continua até a idade adulta. Não seria bom ter os pais como referência até quando formos adultos”.
E no caso de a criança ver uma cena de novela mais picante, por exemplo, e perguntar o que eles estão fazendo?
“Eu me pergunto: o que uma criança faz assistindo cena picante? Os pais devem evitar essa situação, pois cenas quentes de sexo podem assustar a criança, até porque, vendo cruamente, são um tanto agressivas... Se a criança viu e perguntou, responda, “fazendo sexo”. Ou “namorando”. Se ela perguntar o que é isso, explique sucintamente. E tome conta direito da sua programação”!
Tem pais que ficam sem graça e acabam desconversando quando a criança faz uma pergunta sobre sexo. Qual deveria ser a forma correta dos pais agirem?
“Com naturalidade. Sexo é biológico, é como dormir, comer e fazer xixi. E tem mais, criança pequena não tem malícia. É o adulto que tem. Então, cuidado para não maliciar e estragar o desenvolvimento natural da criança no assunto. Hoje, acho mais provável ocorrer uma malícia por parte dos pais (nas roupas, danças, expressões, brincadeiras e piadas sexualmente maliciosas ou sexy demais) do que inibição... Acho até mais fácil educar quando os pais são inibidos do que excessivamente maliciosos – o inibido tende a falar o necessário e o malicioso, extrapola”.
FONTE http://www.chrisflores.net/portal2/site/materia.php?cod_categoria=4&cod_materia=834
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário
Não saia sem Comentar!