quinta-feira, 21 de julho de 2011

Doação de sangue de cordão Umbilical Parte II

Postado por Unknown às 17:27

Onde o INCA está recolhendo os cordões?O material é coletado atualmente no município do Rio em três maternidades: Maternidade Municipal Carmela Dutra, Hospital Naval Marcílio Dias e na Pró Matre. Nas maternidades, o INCA possui uma equipe de enfermeiras devidamente especializadas e capacitadas para a triagem e coleta de SCUP, de segunda a sexta-feira, de 7h às 19h. 
Existe algum risco para a mãe ou para o bebê? Não, não existe nenhum risco. Lembre-se que tanto a placenta, quanto o sangue que fica armazenado nela, têm sido tratados, até então, como lixo. Obviamente, as equipes de coleta atuam somente com o consentimento do obstetra, garantindo que nada interfira no parto.
O que acontece após a doação?As unidades coletadas recebem um identificador numérico que passa a ser a identidade da bolsa. Toda referência à ela passa a ser realizada com esse número, e não mais com o nome da gestante. A unidade é então levada ao laboratório, no INCA, onde passará por diversas etapas.
Inicialmente é avaliado o número de células presentes na unidade. Caso o número destas seja suficiente para um transplante, a mesma é processada, tendo seu volume reduzido a 20ml e congelada (criopreservada). Assim, a unidade fica aguardando os resultados dos exames realizados, inclusive exames maternos, que avaliarão a presença de marcadores para doenças infecto-contagiosas do sangue.
Então, o SCUP coletado e congelado já está pronto para transplante?
Não, a legislação vigente prevê que, para uma unidade ser liberada para transplante, se deve repetir os exames sorológicos da mãe, em um período de dois a seis meses, após o parto. Isso é muito importante, pois sem esse novo exame todo o trabalho terá sido em vão, e a unidade não poderá ser utilizada.
Quanto tempo depois da doação, então, a unidade fica disponível para transplante?Somente de 3 a 6 meses depois do parto as unidades são liberadas para uso. Durante este tempo, são realizados testes no sangue do cordão para excluir doenças infecciosas e genéticas. Este é um procedimento de segurança, para evitar as janelas imunológicas das doenças infecciosas. Como hoje existem testes mais precisos, principalmente para HIV e hepatite, será proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a alteração desta norma, para que as unidades com estes testes negativos sejam liberadas mais rapidamente, sem obrigatoriedade dos testes de seguimento da mãe. Desta forma, haverá um crescimento mais rápido e eficiente do número de unidades disponíveis para uso, nos moldes do que acontece na maioria dos países que possuem Bancos de Sangue de Cordão públicos. O aproveitamento final, depois de exclusão por critérios de segurança e qualidade (contagem mínima das células e volume), é de cerca de 40% das unidades coletadas.
Caso o filho(a) da gestante que doou seu SCUP necessitar de um transplante de células-tronco, ele(a) terá prioridade?Não. Entenda que a doação, por todos os fatores que mencionamos, não significa que o material foi crioprerservado, pois terá que atender critérios de qualidade estipulados pela lei. Uma vez que o SCUP esteja criopreservado e disponível para uso, caso não tenha sido utilizado por outro paciente, o mesmo será selecionado para o doador.
Quantas coletas são feitas em cada maternidade por dia?São coletados, em média, de três a cinco cordões em cada maternidade, por dia.
Quanto custa este procedimento?A doação é gratuita. Nenhuma gestante que adere ao programa de doação dos Bancos Públicos tem qualquer custo. A coleta e o armazenamento de cada unidade custam em torno de R$ 3 mil para o Sistema Único de Saúde (SUS). Já a importação de unidades de sangue de cordão umbilical, vindas de registros internacionais, fica em torno de R$ 50 mil.
Qual a capacidade do Banco?O Banco do INCA possui dois tanques com capacidade para estocar cerca de 10.000 mil unidades. Neste espaço estão armazenados, até o momento, 4.000 bolsas.
Quantas unidades de sangue de cordão estocadas em Bancos Públicos brasileiros já foram utilizadas em transplantes?
Das cerca de 8.000 bolsas que estão armazenadas nas unidades em funcionamento da Rede BrasilCord, mais de 70 foram utilizadas para transplantes. 
Como os pacientes receberão estas células?O processo de transplante é semelhante ao utilizado com doador de medula óssea, ou seja, após um regime de preparação com quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente recebe as células-tronco em um procedimento semelhante a uma transfusão.
Os pacientes com indicações para transplante não-aparentado deverão ser cadastrados pelo Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). O médico insere no sistema características da doença, dados cadastrais do paciente e o resultado do teste de HLA, um teste genético. Depois, é feito um cruzamento de informações entre o REREME e o Registro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que inclui os dados das unidades armazenadas em bancos da Rede BrasilCord e dos doadores voluntários, a fim de identificar um doador ou unidade de cordão compatível.
Existem bancos semelhantes no exterior?Sim. No exterior, existem mais de cem bancos, com mais de 180 mil unidades de cordão congeladas.
Ainda é muito difícil encontrar doador compatível para os pacientes brasileiros, mesmo com o aumento das unidades de sangue de cordão em Bancos Públicos?
Está cada vez mais fácil encontrar um doador porque os Bancos Públicos de Sangue de Cordão e os Registros de Doadores Voluntários estão se multiplicando em todo o mundo. Hoje, encontramos doadores para cerca de 70% dos pacientes, 50% no Brasil e mais 20% no exterior.
Quais as principais diferenças entre os bancos públicos e privados?
São serviços diferentes. O banco público disponibiliza as unidades imediatamente para quaisquer pacientes brasileiros que precisem de transplante de medula óssea e não tenham um doador familiar. A coleta é realizada com controles de qualidade e segurança e as unidades são utilizadas para indicações precisas, sem ônus para o paciente que irá se beneficiar. É a única modalidade recomendada pelos organismos internacionais e por publicações científicas. O banco privado tem legislação específica, de cunho comercial, com ônus para as famílias que desejam armazenar o sangue. Além disso, as indicações e aproveitamento do material são duvidosos, já que não existem publicações extensas sobre os resultados obtidos com uso de cordões armazenados em bancos privados. Armazenar o sangue do cordão em um banco privado é uma aposta num futuro que a ciência ainda não comprovou.
Qual o posicionamento do Ministério da Saúde com relação aos bancos privados?
O Ministério da Saúde e a coordenação da Rede Brasilcord são contrários a esta atividade, principalmente pela falta de utilidade pública e pela forma enganosa como tem sido feita a propaganda dos bancos privados. Os órgãos internacionais recomendam que não deve ser feito investimento público em bancos privados.

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