quinta-feira, 11 de março de 2010

Antes da Gravidez

Postado por Unknown às 09:38

ANTES DE ENGRAVIDAR

Qual é o melhor anticoncepcional para cada fase da sua vida

Este ano a pílula anticoncepcional completa 50 anos. E uma novidade: um novo método que a mulher pode usar assim que tiver o bebê. Saiba mais


  • 2010 carrega a marca dos exatos 50 anos de uma invenção capaz de revolucionar não só o mundo feminino, mas as relações em si, independentes do sexo. Há cinco décadas, surgia a pílula anticoncepcional, que protegia a saúde da mulher e dava a ela o porder de escolher quanto tempo esperar para engrevidar. Criada em 1960 e distribuída no Brasil pela primeira vez em 1962, é, ainda hoje, a forma mais utilizada quando se trata de métodos contraceptivos. Segura, ela é a opção número um de cerca de 23% das mulheres em idade reprodutiva.
Hoje, tantas pesquisas e aprimoramentos depois, a pílula anticoncepcional não é mais sinônimo de doses extremas de hormônios. As baixas dosagens ajudam a evitar uma gravideza e também colaboram para regular o ciclo menstrual, combater a acne, diminuir a formação de cistos ovarianos, reduzir a incidência de doença benigna de mama e combater a deficiência de ferro, entre outros.     

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Contraceptivo em uma versão pós-parto
E é justamente no ano em que completa meio século que uma de suas “versões mais modernas” chega à rede de saúde paulista. Os implantes contraceptivos não são mais novidade, mas a possibilidade de sair do hospital com seu bebê e seu bastão anticoncepcional já instalado sob a pele é. Um estudo realizado com 40 mulheres em Ribeirão Preto consistia em implantar um liberador do hormônio embaixo da pele da mulher de 24 a 48h após o parto. A recomendação anterior dos órgãos de saúde pedia uma lacuna de seis semanas, o que acabava comprometendo a adesão de muitas mães. Esse anticoncepcional é apresentado em forma de bastão, tem quatro centímetros de comprimento, e é colocado na camada subcutânea, liberando hormônio etonogestrel por três anos. Apesar das inúmeras vantagens, quem quiser se ver livre deste problema antes mesmo de voltar para casa depois do parto, deve estar a par de que este não será um procedimento barato. Ainda não disponível em redes públicas, o bastão custa R$700 , sem contar os valores da inserção cirúrgica. “Agora, nossa luta será provar que o custo-benefício desse método é vantajoso para o Sistema de Saúde no Brasil e colocá-lo na rede pública. Basta calcular o que se gasta com pré-natal, parto e manutenção dessas crianças”, explica a professora Carolina Sales Viera Macedo, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

O melhor contraceptivo para você
O bastão é uma das formas que você pode usar para evitar uma segunda gravidez. Veja aqui uma lista com os demais contraceptivos. Converse com seu médico e veja o que é melhor para você: 

Barreira
Dentre os métodos considerados de “barreira”, que impedem a chegada do espermatozóide ao óvulo, estão, além da clássica camisinha: 

Diafragma 
De borracha ou silicone, ele recobre o colo uterino e pode ser reutilizado. Ele deve ser colocado cerca de 15 minutos antes da relação sexual, e deve ser retirado até 6 a 8 horas depois. Existem algumas alterações anatômicas que impedem seu uso. 
Dispositivo Intra-Uterino (DIU) 
O DIU é um dispositivo geralmente feito de cobre, colocado dentro do útero. Existem dois tipos principais: o DIU de cobre, disponível no sistema único de saúde, e o DIU com hormônio, de alta eficácia e que apresenta uma ação especial de alterar o muco do colo uterino, impedindo que os espermatozóides cheguem ao útero. O DIU é colocado pelo médico, de preferência durante o período menstrual, e apresenta durabilidade de alguns anos.

Hormonais
Além deles, existem os métodos de contracepção hormonal, que carregam, geralmente, associações de tipos de estrogênio e progesterona, como as pílulas anticoncepcionais, já citadas no início da matéria. Outras opções são:
Contraceptivos Injetáveis 
Assim como em suas variações orais, as injeções anticoncepcionais ministram ao paciente uma dose combinada e específica de hormônios. São dois tipos – mensal e trimestral. Ambas apresentam extrema eficácia e a vantagem de só ter que se preocupar com isso de tempos em tempos.
Implantes 
Em cápsulas ou bastões, são implatados sob a pele e liberam doses de hormônios aos poucos. Podem durar até três anos.
Anel Vaginal São anéis de plástico com hormônio que são inseridos dentro da vagina, e deixados por três semanas. Depois deste período o anel é retirado por uma semana e depois recolocado, reiniciando o ciclo.
Adesivos Cutâneos 
Seguindo a idéia dos implantes, um adesivo recheado com hormônios é colado, desta vez, sobre a pele, liberando doses do anticoncepcional ao longo do mês.
Pílula do Dia Seguinte 
Como o próprio nome já diz, esse é um tipo de medicamento que deve ser usado somente em casos de emergência, e esporadicamente. Além da quantidade de hormônio existente ser maior que as pílulas convencionais, o índice de falha não é baixo. Se usada com mais freqüência, pode trazer problemas para a mulher, como alteração no ciclo menstrual.

Contracepção Cirúrgica
Laqueadura 
O método consiste em esterilizar a mulher bloqueando as trompas de falópio para que o espermatozóide não consiga chegar ao óvulo. Para realizá-la são utilizados anéis de plástico, clipes de titânio, corte e/ou ligamento das trompas entre outras técnicas. 
fonte: Luana Martins Spoll, estudante de psicologia e voluntária em hospitais públicos da região do ABC.

Por que não consigo engravidar?

Às vezes, mesmo quando não há problemas de saúde, a gravidez não vem. Aqui, especialistas em reprodução humana dão dicas para você aproveitar ao máximo sua fertilidade.

Monica Brandão

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Calcula-se que 1 em cada 8 casais tem dificuldade para engravidar. Em cerca de 40% dos casos, a causa da infertilidade está relacionada a problemas com a saúde da mulher e em 40%, a do homem. Também existe a possibilidade de ser uma combinação do casal em 20% das situações. No geral, antes dos 35 anos, é considerado normal a mulher levar até 1 ano para ficar grávida. A partir daí, o prazo cai para 6 meses. Mas nem sempre a questão é fisiológica. Às vezes, até mesmo a ansiedade atrapalha. Se esse for o seu caso, saiba que algumas mudanças no estilo de vida podem aumentar as chances de gravidez. A seguir, listamos dez dicas de especialistas em reprodução humana para você aproveitar ao máximo sua fertilidade. Confira!
1 Olho na saúde O primeiro passo para usar a fertilidade a seu favor é observar se está tudo bem com o organismo. Verifique se anda sentindo algum incômodo, dores que até então não chamaram a atenção, mudanças bruscas de peso ou de humor. Comente com o médico. Sintomas como esses, por exemplo, podem indicar uma disfunção da tireoide, que compromete as chances de engravidar. Atenção também com as doenças sexualmente transmissíveis. Muitas vezes, elas passam despercebidas, não são tratadas e também podem dificultar a gravidez. 

2 Acerte o passo com a natureza Saber das manhas da fecundação também a favorece. Um espermatozoide sobrevive de três a quatro dias no corpo da mulher. Mas o óvulo tem vida menor, cerca de 12 horas. Se o gameta masculino chegar ao organismo feminino antes do dia da ovulação, aumentam as chances de concepção. Aí começam os problemas, porque a ovulação, na teoria, acontece no 14o dia do ciclo menstrual, mas na prática é difícil saber o dia exato. Então, é melhor ter relações todos os dias nesse período? Não, porque a quantidade de espermatozóides diminui com a freqüência de ejaculações. É preciso encontrar um equilíbrio. Os médicos aconselham manter relações sexuais dia sim, dia não pelo menos nas duas semanas que antecedem a ovulação. 

3 Aposte nas vitaminas O ácido fólico, bem como outras vitaminas encontradas em complexos específicos para gestantes, previne malformações no feto porque melhora a qualidade do óvulo e diminui a ocorrência de problemas em sua divisão celular e implantação no útero, depois de fecundado. Os suplementos, também receitados para os homens, ainda favorecem a motilidade e a qualidade dos espermatozoides, dando-lhes mais energia. Peça orientação ao médico sobre o que tomar. 

4 Diminua o cigarro O ideal mesmo é parar de fumar. Nas mulheres, o cigarro pode afetar a produção de hormônios importantes para o equilíbrio do organismo, como o estrógeno. O déficit desse hormônio, por exemplo, interfere no amadurecimento dos folículos, que serão os futuros óvulos, e no desenvolvimento destes, mais tarde. Os homens que fumam podem ter espermatozóides com um menor potencial de fertilização, pois a nicotina prejudica sua morfologia. 

5 Evite o álcool Tomar uma garrafa de vinho ou cinco doses de outra bebida alcoólica destilada por semana pode reduzir até 40% a chance de uma gravidez. Isso porque o álcool interfere tanto no funcionamento do ovário, desregulando o ciclo menstrual, quanto no dos testículos, que vão produzir espermatozoides de má qualidade. Sem falar no efeito negativo que pode causar no desempenho sexual. 

6 Fuja das drogas Naturais ou sintéticas, como a maconha e os anabolizantes, as drogas não combinam com o desejo de engravidar. Assim como o álcool, atuam nos ovários e nos testículos, afetando a qualidade dos gametas produzidos. Os efeitos colaterais também não têm nada a ver com sexo. 

7 Equilibre a balança Aqui não é somente uma questão de números, mas de vida saudável, já que um estilo desregrado de alimentação geralmente leva ao excesso de peso, que resulta na alteração da produção de hormônios sexuais importantes para a ocorrência de uma gestação. Evite frituras, gorduras e doces, e faça exercícios. Uma boa corrida a dois no parque pode até ser bem afrodisíaca... 

8 Seja flexível Não acredite só no que é cientificamente comprovado. Confira também dicas populares. Uma delas: se logo depois de uma relação, a mulher continuar deitada na cama, relaxando, as chances de engravidar aumentam. Vale até tirar uma soneca. Se colocar um travesseiro no quadril para se manter mais elevada, é melhor ainda. O que não pode é levantar, ir tomar banho, etc. Pouquíssimos médicos assinam embaixo, mas não custa tentar. Mal não faz. 

9 Fique zen Bem, depois de seguir as orientações anteriores, só falta relaxar. Sim, porque o estresse ou ansiedade, segundo a experiência dos médicos em consultórios, altera, sim, a fertilidade. Pense que, no mínimo, quem está estressado vira para o lado e dorme. Apele para meditações, aromaterapia. O importante é relaxar. 

10 Invista nos chamegos E relaxada você estará mais propensa a criar clima de romance com o parceiro. Porque, lógico, quem quer engravidar precisa transar. Muito. Do contrário, de nada adiantou ler tudo isto.


Consultoria: Eduardo Leme Alves da Motta, diretor da clínica Huntington; Bruno 
Scheffer, diretor do Instituto Brasileiro de Reprodução Assistida, de Belo Horizonte; 
Dez Mandamentos para Preservar a Fertilidade, cartilha do Instituto Sapientiae

Cuide-se antes da gravidez

Pesquisa norte-americana afirma que somente 3,3% das mulheres preocupam-se com a saúde no período pré-concepção

Bia Reis, Bruna Menegueço, Eduardo Zanelato e Thais Lazzeri
Apenas 3,3% das mulheres que planejam a gravidez preocupam-se com a saúde no período pré-concepção, como tomar ácido fólico e controlar o peso. A pesquisa é norte-americana, mas no Brasil obstetras apontam que as brasileiras repetem o mau comportamento. Uma dica: quando decidir ter um bebê, procure seu médico. O trimestre que antecede a concepção serve para a mãe tratar doenças, tomar vacinas e suplementos e cuidar da alimentação. 

Sexo diário antes da ovulação pode aumentar chances de engravidar

Estudo mostra que ejacular por sete dias seguidos pode melhorar a qualidade do esperma

Aline Moraes

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Manter relações sexuaisdiárias ao longo da semana que antecede a ovulação pode aumentar as chances de engravidar. É o que indica um estudo australiano liderado pelo ginecologista e obstetra David Greening e divulgado no 25º Encontro da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia. 

A explicação para essa possibilidade está no DNA dosespermatozoides. Ao ejacular mais vezes consecutivas, o homem armazena o esperma por menos tempo. Isso reduziria a exposição das células reprodutoras às substâncias que podem danificar seu material genético - os chamados radicais livres. Um dos resultados desse dano é a piora no funcionamento do espermatozoide, que talvez não consiga chegar ao óvulo e fecundá-lo. 

No estudo, foram avaliados 118 homens cujo esperma possuía acima de 15% de DNAdanificado - limite para um sêmen considerado de excelente qualidade. Entre os voluntários, a média de danos no material genético dos espermatozóides foi de 34%. Após eles ejacularem por sete dias seguidos, esse número caiu para 26%. 

Para Renato Fraietta, urologista do setor de Reprodução Humana da Unifesp, o estudo traz um dado importante: é necessário reduzir os danos ao DNA do espermatozoide, pois isso interfere na fertilidade masculina. Doenças como varicocele e infecções de uretra, obesidade, hábito de fumar e beber, e uso de drogas causam mais danos ao DNA dos espermatozóides, uma vez que levam a um desequilíbrio na quantidade de radicais livres no organismo. Por isso, na opinião de Fraietta, o ideal em casos como esses é tratar o problema que está danificando as células reprodutoras. 

O especialista acredita, ainda, que a indicação da pesquisa pode até dar certo em alguns casos, mas não deve valer para todos os homens. "Se o sêmen já é de baixa qualidade, ejacular todos os dias pode até ser pior, por diminuir a contagem de espermatozóides. Em homens com esperma normal, não deve haver diferença, pois os danos ao DNA já estarão controlados", aponta Fraietta. 

Frequência 
O organismo masculino leva de três a quatro dias para repor totalmente o líquido seminal, conforme explica Fraietta. Por isso, um intervalo de dois a três dias entre as relações é tempo suficiente para o homem ter uma boa quantidade de sêmen e de espermatozoides. 

Ficar muito tempo sem ejacular pode aumentar a quantidade de células reprodutoras, mas diminui sua motilidade (capacidade de alcançar o óvulo e fecundá-lo). Por outro lado, um intervalo de tempo muito menor melhora a qualidade do sêmen, mas pode resultar em uma queda no número de espermatozoides. "Quando se trata de fertilidade, o ideal é procurar um balanço entre quantidade e qualidade", recomenda Fraietta.

10 coisas que você precisa saber antes de engravidar

Depois do primeiro passo que você e seu companheiro deram é hora de tomar alguns cuidados que vão garantir os nove meses saudávei

Redação Crescer

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Depois do primeiro passo que você e seu companheiro deram - ao decidir ter um filho -, é hora de tomar alguns cuidados que vão garantir nove meses saudáveis, para você, seu marido e o bebê. Confira: 

1 - Consulte seu ginecologista. É ele que vai orientá-la sobre tudo o que você precisa fazer para ter uma gravidez sadia, como exames que o homem e a mulher devem realizar; 

2 - Tome ácido fólico. A indicação dos especialistas é para que a mulher tome essavitamina do complexo B três meses antes da concepção, para evitar problemas de desenvolvimento e da coluna cervical do bebê; 

3 - Vacine-se. O imunizante contra a rubéola, por exemplo, é importante para que a mulher não tenha a doença durante a gravidez, que pode trazer sequelas ao bebê. Mas deve ser feito três meses antes de engravidar. Consulte seu médico para orientá-la em relação a essa e outras vacinas; 

4 - No peso certo. Nem a mais, nem a menos. O ideal é que ao engravidar você esteja com a balança em dia. O sobrepeso pode trazer problemas para a criança e deixar a mulher desconfortável durante a gestação; 

5 - Exercite-se. Se você não é adepta das atividades físicas, que tal começar antes da gravidez? Além de ajudar a manter o corpo em dia, ao engravidar já estará habituada com os exercícios. E essa prática só trará benefícios para você e o bebê. Converse com seu médico; 

6 - Cardápio. Alguns alimentos podem influenciar na sua fertilidade, melhorando a ovulação da mulher. Confira

7 - Nada de tabaco. Se você fuma, é hora de parar. Estudos mostram que o tabagismo prejudica o desenvolvimento do bebê, além de aumentar a chance de parto prematuro. Você também deve evitar o fumo passivo, que pode dificultar a gravidez; 

8 - Vá ao dentista. Faça um check-up na sua boca antes de engravidar, evitando desconfortos mais sérios durante os nove meses. Na gestação, por conta das alterações hormonais, é normal a mulher ter problemas nos dentes. A visita ao especialista, no entanto, continua durante a gravidez; 

9 - Fique zen. É difícil não se estressar no dia a dia. Mas esse exercício deve começar antes mesmo da gestação (e durar a vida toda). Estudos mostram que o estresse pode provocar parto prematuro. Além disso, ele pode até atrapalhar - você e seu marido - na hora de tentar engravidar;

10 - Namore. O medo de engravidar que você tinha ao transar agora é substituído pela tabelinha com os dias em que a chance de gravidez é maior. Aproveite essa liberdade, mas não faça com que esse momento tenha uma carga de ansiedade muito grande para você e seu companheiro. O sexo programado pode, muitas vezes, atrapalhar.

Os exames que você e seu companheiro devem fazer antes de engravidar

Saiba como se preparar

Mônica Brandão

Fernando Martinho
Alguns exames são básicos para avaliar a saúde da mulher que pretende engravidar, como a sorologia para rubéola e toxoplasmose, glicemia, papanicolau e ultra-sons para diagnosticar possíveis malformações dos órgãos reprodutivos. Para o casal, os especialistas recomendam um hemograma (para verificar anemias, infecções ou inflamações), sorologia para hepatites, sífilis e HIV, e a tipagem sanguínea. É aconselhável que o homem se submeta a um espermograma para checar a saúde dos seus espermatozóides. Todos esses problemas podem afetar a chance de gravidez ou a própria gestação, mas, quando detectados antes, são resolvidos com vacinas e tratamentos. Outras atitudes são preventivas, como o casal parar de fumar (para a gestante não ser uma fumante passiva), e a mulher tomar ácido fólico antes e durante os três primeiros meses de gestação, além de estar com um peso adequado. 

Não é só a saúde física que sai ganhando. A mental também. "A preparação para a gravidez me deixou muito mais tranqüila sobre os nove meses", conta a atriz Carolina Novak. Quando decidiu ter o segundo filho, Carolina tomou uma decisão séria: ela e o marido pararam de fumar. "Troquei os cigarros pelos exercícios, assim, além de não engordar, consegui emagrecer três quilos", lembra. Também foi ao dentista para ter certeza de que estava tudo em ordem - outra boa sugestão dos médicos. Um mês depois, estava grávida.

Mais tarde 

Como atualmente muitas mulheres deixam para engravidar depois dos 30 anos, outros cuidados estão entrando na lista dos médicos quando o tema é gravidez. "Nessa faixa etária, são comuns problemas como endometriose e miomas, que normalmente já estão sendo controlados pela mulher que tem o hábito de consultar o ginecologista anualmente. Mas, quando não é o caso, a atenção médica deve voltar-se em primeiro lugar para essas questões, de modo a deixar o organismo saudável para a gravidez", alerta Jonathas Borges Soares, da Unidade de Reprodução Assistida, do Hospital e Maternidade Albert Einstein. Ele lembra, ainda, que mulheres mais velhas merecem mais cuidados com a pressão arterial e o funcionamento da tiróide, dois aspectos que também costumam complicar uma gestação. Ambos podem causar problemas no desenvolvimento do feto, mas são perfeitamente controláveis com medicamentos. 

Mulheres que passaram por abortos ou tiveram alguma complicação na última gravidez devem fazer uma pesquisa mais extensa para diagnosticar as causas e poder tratá-las. Existem os motivos anatômicos (a má formação de útero ou das trompas, verificada com ultra-som e a histerossalpingografia), hormonais (a falta ou o excesso de hormônio pode dificultar a gravidez), infecciosos (uma infecção urinária, por exemplo, pode causar partos prematuros) e imunológicos (doenças auto-imunes, como lupus, e distúrbios circulatórios, como trombose). "Às vezes o problema é adquirido. Abortos repetitivos, que levaram a várias curetagens, por exemplo, podem reduzir a cavidade uterina, o que levará a outro aborto", explica Jonathas. A questão também pode ser genética, como alterações cromossômicas no feto. Nesse caso, o indicado é fazer um aconselhamento genético. E é preciso lembrar que, apesar dos avanços da medicina, nem todas as complicações têm uma causa identificável, o que não significa que elas não possam ter solução e resultar em uma gravidez bem-sucedida. Por isso, cuide de tudo o que estiver inadequado, mantenha sua saúde em dia e boa sorte. 

46 respostas para o que você sempre quis saber sobre a gravidez

Tenho mais riscos após os 35 anos? Por que fazer tantos exames? Para onde vão os quilos que eu adquiri? Meu desejo sexual pode aumentar? Devo tomar mais leite? O que levo para a maternidade? Há dúvidas que surgem apenas quando você entra neste mundo. Aqui você se livra delas de uma vez

Crescer

Marcelo Tinoco
1 - Devo tomar vitaminas e vacinas?
Há indicação, mas converse com o seu médico para que ele avalie suas necessidades. A falta de vitamina B, por exemplo, pode causar problemas de desenvolvimento e na coluna vertebral. Essa vitamina está presente em vegetais verde-escuros, no aspargo e no fígado, mas é difícil ingerir a dose certa por meio da dieta. Por isso, três meses antes da concepção, você deve tomar ácido fólico. É o médico também quem poderá orientá-la com relação às vacinas, após fazer testes para saber se você teve ou se foi imunizada contra certas doenças. 


2 - As chances de engravidar diminuem com o tempo? 
Sim, porque os óvulos envelhecem: a mulher está geneticamente programada para perder a fertilidade. Confira na tabela abaixo as chances de engravidar naturalmente por faixa etária, em um ano de tentativas. 


3 - Menstruação irregular influencia a fertilidade? 

A menstruação irregular pode ser um indício de falta de ovulação, para a qual há tratamento. É preciso checar se foram feitos exames de videolaparoscopia, que pesquisam a dificuldade de engravidar. As clínicas especializadas em reprodução humana podem ajudar. 


4 - Os testes de ovulação são confiáveis? Onde encontrá-los? 

Testes de ovulação, como Clearplan e Fertility Day, são baseados na dosagem do hormônio LH (luteinizante), cujo nível se eleva de 24 a 36 horas antes da ovulação. O mecanismo é igual ao dos testes de gravidez: a presença do hormônio é detectada pela urina. Não há contra-indicação. São vendidos em farmácias, embora não sejam muito fáceis de encontrar. A ultra-sonografia transvaginal seriada também verifica a ovulação. 


5 - Qual o melhor dia do ciclo menstrual para engravidar? 

O período fértil ocorre no meio do ciclo menstrual. Para um ciclo de 28 dias, o momento em que a mulher estaria ovulando seria 14 dias após o primeiro dia de sangramento e 14 dias antes da próxima menstruação. Se os seus ciclos forem maiores ou menores, você precisa calcular a metade. Mas alguns fatores, como estresse e distúrbios hormonais, podem alterar a data. Isso explica por que a tabelinha, às vezes, falha como método anticoncepcional. Outra forma de saber o dia fértil é controlar o muco cervical, que antes da ovulação fica 
mais abundante e pegajoso, semelhante à clara de ovo. 
Beto Tchernobilsky
6 - Quatro meses de tentativas frustradas é sinal de problema?
 
O tempo médio considerado normal para conseguir engravidar é de seis meses a um ano para um casal que pratica sexo pelo menos três vezes por semana. Antes de completar o ano, o melhor a fazer é relaxar. Tente não ficar obcecada pelo desejo de ter um filho e invista nos chamegos e no clima de romance com o parceiro. 


7 - Tenho 35 anos. Correrei mais riscos se quiser ter meu primeiro filho agora?
Algumas doenças e malformações dos bebês aparecem percentualmente em maior número conforme avança a idade da mãe. Antes dos 35 anos, o risco de gerar um filho com síndrome de Down é de um em 600 nascimentos. Por volta dos 40 anos, a incidência é de um para 100. Portanto, nesses casos o pré-natal deve ser bem monitorado 
Fernando Martinho
8 - Estou alguns quilos acima do peso. Devo fazer regime e só depois ficar grávida?
 Sim. Já que você está planejando a gravidez, equilibre a balança antes. Não se trata somente de uma questão estética, mas de saúde. Um estilo desregrado de alimentação, que geralmente leva ao excesso de peso, provoca alteração de produção de hormônios sexuais, importantes para a ocorrência de uma gestação. Portanto, evite frituras, gorduras e doces, e faça exercícios. Para motivar-se, por que não tentar programar alguns exercícios a dois? Uma boa corrida com seu amor no parque pode até ser bem afrodisíaca.

9 - Qual é a taxa de sucesso da fertilização in vitro? 

Os resultados variam conforme a clínica de fertilização, chegando a atingir 40% de sucesso por tentativa. Esse índice é maior do que o da natureza, em torno dos 20%. 



10 - Qual a importância dos exames realizados pelo médico no consultório durante a gravidez? 
São fundamentais, pois durante as consultas mensais o obstetra mede o tamanho da barriga para verificar o crescimento do útero, a pressão arterial, avalia o peso da gestante, observa a presença de inchaços e escuta o coração do bebê. Também conversa sobre os hábitos e a alimentação da grávida. Essas medidas previnem problemas, como uma hipertensão inesperada, e mostram como o feto está se desenvolvendo, complementando as informações da ultra-sonografia. 


11 - Eu preciso justificar no meu trabalho cada vez que for ao médico? 

Se você quiser fazer tudo direitinho e se garantir, o ideal é apresentar no emprego o resultado do exame positivo de gravidez, pedir um recibo de entrega e, a cada consulta de pré-natal, solicitar ao médico uma declaração de comparecimento. 


12 - Como, quando e em que casos deve ser feita a amniocentese? 

A amniocentese é realizada por volta da 16a semana de gestação. O médico localiza a posição do bebê com o ultra-som, a mãe pode receber anestesia local e é inserida uma agulha entre as paredes abdominal e uterina para colher uma amostra do líquido amniótico. Essa amostra indicará se há alguma doença genética, a maturidade dos pulmões, a idade e o sexo do bebê. Por ser um exame invasivo, apresenta risco de aborto de 0,5% a 1%. É o médico quem avalia a necessidade de realizá-lo, levando em conta a idade da grávida, seus antecedentes familiares e até mesmo o estilo de vida. 


13 - Que problemas a pressão baixa pode causar na gravidez? 
Mal-estar, moleza, sudorese fria, palidez da pele e ao redor dos lábios, escurecimento da visão e sensação de desmaio. O médico deve sempre ser avisado de qualquer uma dessas alterações. Algumas atitudes previnem o desconforto: beber bastante líquido durante o dia, não ficar muito tempo em jejum, preferir ambientes arejados, usar roupas leves e confortáveis e, ao primeiro sinal de queda da pressão, comer alguma coisa salgada. 


14 - Descobri que tenho HPV. E agora? 

O Papiloma Vírus Humano (HPV) é transmitido principalmente pelo sexo. Seu tipo mais agressivo causa câncer de colo do útero, provoca dor durante as relações e atinge cada vez mais mulheres. Os hormônios presentes na gestação facilitam a multiplicação do vírus. Assim, pode ocorrer de um vírus que não estava ativo (ele fica até cinco anos adormecido no corpo) se manifestar nesse período, provocando lesões genitais. Na mulher que não está grávida, as lesões são tratadas com cauterização a laser ou produtos químicos, mas esse tipo de tratamento não é indicado durante a gestação. Cerca de 30% das lesões que aparecem na gravidez se curam sozinhas após o nascimento do bebê. Por isso, provavelmente seu médico vai esperar. 

15 - Gostaria de saber mais sobre displasia mamária na gravidez. 

A displasia mamária caracteriza-se pela presença de múltiplos nódulos benignos nas mamas, que podem ou não causar dor e secreção. As avaliações durante a gravidez devem incluir uma análise das células presentes na secreção e um ultra-som das mamas para verificar se existem cistos ou outros problemas. Em geral, o resultado desses exames é tranqüilizador, indicando que a secreção pode ter relação com cistos mamários ou com a mudança hormonal da gestação. 


16 - Às vezes, sinto pontadas na barriga. É normal? 

Sim, ocasionalmente, quando você i ou se move. A dor é causada pelo alongamento das ligações que seguram o útero e deve desaparecer tão rápido quanto surgiu. Se persistir, procure um médico. 



17 - Às vezes, durmo de lado, mas me sinto melhor com a barriga para cima. Existe restrição para dormir nessa posição? E o que pode me ajudar a relaxar? 
Do lado direito do abdome passa a veia cava inferior, que é grossa e traz bastante sangue de volta ao coração. Para não comprimir essa veia, evitando alterações circulatórias, os obstetras recomendam às gestantes deitar do lado esquerdo. Pelo mesmo motivo, a posição com a barriga para cima não é recomendada. Tente dormir sobre o lado esquerdo, colocando almofadas ou travesseiros para apoiar-se melhor. Um travesseiro alto na cabeça e outro entre as pernas costuma ajudar bastante. Um banho quente antes de ir dormir também auxilia no relaxamento e prepara você para um boa noite de sono.

Iara Venanzi
18 - Continuo com enjôo e só consigo tomar suco de limão. Mas ouvi dizer que a acidez do limão afina o sangue. Isso pode prejudicar o meu bebê?
O limão não faz mal ao bebê. Essa preferência tem a ver com o fato de o organismo produzir menos ácido clorídrico. Essa substância ajuda na digestão dos alimentos e, por isso, algumas gestantes se sentem melhor comendo alimentos ácidos ou azedos.

19 - Tenho me sentido cansada, mas não quero fazer corpo mole no trabalho. Posso prejudicar o bebê assim? 

As mulheres grávidas sempre acham que precisam continuar matando um leão por dia no trabalho e, às vezes, acabam se desrespeitando. Você tem o direito de diminuir um pouco o ritmo se isso for fisicamente necessário. Faça uma parada de manhã e outra à tarde. Pequenos intervalos podem repor sua energia.
20 - Engordei dez quilos e estou apenas no sexto mês de gestação. Está tudo bem comigo e com o bebê, mas o que faço agora? 
O ganho de peso ideal para os nove meses é por volta de 11 quilos, supondo que você tenha iniciado a gravidez com o peso adequado para sua altura. Como ainda faltam quatro meses para o parto, você deve fazer uma dieta orientada por seu médico, para frear o ganho de peso excessivo. Lembre-se de que engordar muito na gravidez pode causar uma série de problemas, entre os quais alterações de pressão arterial, que podem colocar em risco a sua saúde e a do seu bebê. 


21 - Para onde vão todos os quilos que a gente engorda? 

Reserva materna de gordura: 3 kg 
Aumento de líquidos no corpo: 1 kg a 2 kg 
Aumento de sangue: 1 kg a 2 kg 
Crescimento das mamas: 0,4 kg a 0,7 kg 
Alargamento do útero: 1 kg 
Líquido amniótico: 1 kg 
Placenta: 0,5 kg 
Bebê: 2,5 kg a 3,6 kg 
Total: 10,4 kg a 13,8 kg 

Os valores variam conforme o peso pré-gestacional, predisposição genética e hábitos alimentares. 

22 - É aconselhável tomar mais leite quando está grávida? 

Ingerir mais leite não vai garantir um bom aleitamento para o bebê, como muitas pessoas acreditam. O importante, tanto agora quanto durante a amamentação, é manter o corpo hidratado. Tome a quantidade de leite com que você estava acostumada ou tem vontade. 


23 - Será que meu bebê vai nascer normal? 

Essas preocupações costumam surgir no segundo trimestre da gestação. Os desconfortos iniciais passaram, a barriga cresce e começa a percepção dos movimentos do bebê. Isso pode 
assustá-la, porque você não tem controle. Mas lembre-se: a maioria dos bebês nasce perfeita. Um dos motivos que levam as grávidas a imaginar as piores situações é a necessidade de se fortalecerem para a possibilidade de um acontecimento ruim. É um exercício, mas procure fazê-lo a dois: você e seu médico. Assim, ele tem a chance de aliviar seus temores e dúvidas. 

24 - Vale a pena fazer curso de gestante? 

Se você quiser trocar experiências com outras mulheres, ouvir profissionais experientes e ficar mais segura no dia do parto, pode ser uma boa idéia. Alguns cursos costumam explicar quais são os procedimentos dos hospitais e maternidades, e podem ajudá-la a decidir como se sentir mais confortável quando chegar a hora. Outros ensinam exercícios e posições para aliviar as contrações. Veja qual é a sua necessidade e procure o curso adequado. Seu médico pode orientá-la. 


25 - Meu desejo sexual aumentou. Isso é normal? 

O aumento da irrigação sanguínea por conta da gravidez atinge a região pélvica, tornando-a mais sensível. Existe também uma cumplicidade maior entre o casal, já que o filho representa um projeto e um sonho compartilhados. Tudo isso ajuda, além do relaxamento completo, uma vez que ambos podem esquecer os métodos contraceptivos de um lado e, de outro, a ansiedade de engravidar. 


26 - Pode acontecer de o pênis atingir o bebê durante a relação sexual? 

O pênis nunca atinge o bebê, que está superprotegido no útero. A maioria das gestantes continua a atividade sexual, talvez com padrão diferente do que existia antes da gravidez. O mais comum é a freqüência diminuir no primeiro e no último trimestres. A causa mais comum é a perda do desejo sexual, mas o estado emocional e físico da gestante e do seu parceiro podem contribuir. Mulheres com história de abortos anteriores ou problemas na gravidez, como perda de sangue ou cólicas fortes, devem consultar o médico sobre sua nova rotina sexual. 


27 - Sinto minha barriga muito pesada. Como posso contornar o problema? 
A sensação de peso e desconforto é normal. Tenha paciência, principalmente nas últimas semanas. O bebê vai crescendo e o útero, aumentado, acaba fazendo pressão em outros órgãos. Depois que ele se encaixa, algumas mulheres também sentem um peso ou pressão bem embaixo da barriga, quase no púbis. O melhor a fazer é diminuir o ritmo. Tente descansar o máximo que puder. Você também pode utilizar uma faixa, sob a barriga, para ajudar a acomodar o peso. Se não resolver, consulte o seu obstetra. 


Beto Tchernobilsky
28 - Para que serve o líquido amniótico?
Ele impede que as paredes do útero apertem o bebê, fornecendo espaço para que ele cresça e se movimente. Também é um isolante contra frio e calor e, mais importante: age como amortecedor em caso de colisões. Funciona como a água para o peixinho.

29 - Tenho coceiras intermináveis na barriga. É comum? 

O prurido na gravidez é raro e, geralmente, pouco intenso. Um dos motivos que podem 
causar a coceira são as próprias modificações hormonais do organismo, além do estiramento 
da pele da barriga. 
30 - Como alivio a dor nas costas? 

A grávida desloca o eixo do equilíbrio corporal para a frente, por causa da barriga, e, para compensar, joga as costas para trás. Desse jeito, contrai a musculatura das costas e da parte posterior das pernas, causando a dor. Use apenas sapatos de salto baixo ou sandálias rasteiras e fique atenta à postura. Tente, sempre que puder, colocar os pés para cima. Banhos quentes e massagens podem aliviar a dor. 


31 - Por que meu bebê não se mexe já há algum tempo? 

A quantidade de movimentos que cada bebê faz durante o dia varia muito. Além disso, a percepção da mãe pode mudar conforme sua preocupação. Há casos em que a gestante passa até 12 horas sem notar quaisquer movimentos do feto, quando são discretos. No final da gestação, o bebê se mexe um pouco menos. Mas se você está ansiosa, fale com seu médico para ele avaliar a necessidade de fazer exames. 


32 - O que são contrações de Braxton-Hicks? 

São contrações irregulares do útero, indolores, que podem ocorrer durante toda a gravidez. Nas contrações, a barriga fica rígida e depois volta ao normal. Nas últimas semanas da gestação, elas ficam mais freqüentes e são chamadas de falso trabalho de parto. Na verdade, 
é o útero se preparando para o dia do nascimento. 


33 - Quando ocorre a diabete gestacional? 

Quando há presença de glicose (açúcar) no sangue de uma grávida não-diabética. Essa é uma condição temporária e, geralmente, deixa de existir com o nascimento do bebê. Quem tem o problema deve seguir dieta específica e, em alguns casos, tomar injeções de insulina para controlar os índices de açúcar.

Gustavo Arrais
34 - Sinto que o meu marido ficou distante. Em alguns momentos, ele reage como se tivesse cíume da barriga. O que posso fazer?
 A gravidez mexe com o humor e as emoções de todos. A mulher fica muito mais centrada em si mesma e nas alterações que se passam com ela, às vezes o homem pode se sentir um tanto abandonado. O melhor é conversar, dizer o que está sentindo e procurar ouvir o que ele diz. Tente mostrar ao seu marido que a gravidez é algo do casal e que o bebê não está tomando o lugar dele. Vocês vão ter de fazer vários ajustes, afinal, começam a ser três, e não mais dois. Importante: na maior parte das vezes, o distanciamento dele não está relacionado às suas novas formas. Ao contrário, os homens costumam admirar o corpo da mulher grávida. As razões, normalmente, estão mesmo associadas a fatores psicológicos. Mais uma informação: há estudos indicando que as mulheres que mantêm relações sexuais até o final da gestação têm maiores chances de ter um parto normal.



Fernando Martinho
35 - O que devo fazer se achar que chegou a hora do parto e não encontrar meu médico?
O principal é não ficar desesperada. Ligue algumas vezes para o médico. Se ele não atender e não tiver deixado ninguém para substituí-lo, vá para a maternidade. Lá, você receberá assistência e as enfermeiras se encarregarão de encontrar o médico. Se for necessário, a equipe de plantão também pode fazer seu parto sem problemas. Lembre-se de que o trabalho de parto em geral demora, não é preciso se afobar, correndo como nos filmes.

36 - O que é pré-eclâmpsia e quais os seus riscos? 
É um pico de hipertensão durante a gravidez. Geralmente ocorre perto do final da gestação, sendo considerado grave. Alguns dos sintomas são: ganho grande e rápido de peso, inchaço no rosto, nas mãos e nos pés, tonturas ou confusão mental, dores de cabeça fortes, náusea e vômitos, visão embaçada. Embora não se saiba exatamente a causa do problema, quanto antes for feito o diagnóstico, melhor funcionará o tratamento. Se a pressão alta não for controlada, o problema pode se agravar e o parto pode ser antecipado, com riscos para a mãe e o bebê. 


37 - Como escolher a maternidade? 

A maternidade deve oferecer, basicamente, uma boa equipe médica, UTI de adulto e neonatal, com aparelhos adaptados para o recém-nascido. O ideal é visitar as maternidades e observar os tópicos que os médicos consideram importantes: 

• O lugar é limpo e confortável? 
• Você pode levar um acompanhante? (Essa é uma recomendação formal da Organização Mundial de Saúde.) 
• O centro obstétrico é completo? 
• Há banco de sangue ou pelo menos um estoque para casos de emergência? 
• O berçário é bom? Está aparelhado para dar conta de um bebê prematuro? 
• A maternidade fica dentro de um hospital? Isso é bom, desde que os ambientes sejam separados e o local apresente baixo índice de infecção hospitalar (o índíce aceitável é de 2%). • Seu plano de saúde cobre os custos da maternidade? O ideal é que o médico também seja credenciado do seu plano. 


38 - O que é melhor: berçário ou alojamento conjunto? 

Depende. Se você espera receber muita gente, talvez seja melhor a opção do berçário, para não estressar o bebê. Caso você prefira ir se familiarizando com o seu filho e com os cuidados que ele deve receber, opte pelo alojamento conjunto. Desse modo, você vai chegar em casa mais treinada. Você sempre pode optar pelo alojamento conjunto e, se em algum momento se sentir cansada, houver muita visita ou agitação no quarto, pedir que levem o bebê para o berçário por algumas horas, até o ambiente ficar mais calmo. 


39 - O que pode causar um parto prematuro? 

São várias as causas. A probabilidade será maior se você espera gêmeos, se teve um parto prematuro ou se já tem algum problema no útero. Avise o médico se sentir aumento das contrações, mais de quatro por hora enquanto estiver descansando, cólicas, como as menstruais, intermitentes ou continuadas, sensação de pressão na pélvis, nas coxas e nas costas, corrimento vaginal, diarréia ou cólicas intestinais. 


40 - Tenho de escolher um pediatra para o meu filho? Ele deve participar do parto? 

Você pode pedir indicações ao seu médico de confiança, ao obstetra ou a amigos que tenham filhos. É bom ter pelo menos uma listinha com nomes e telefones. Se quiser, visite alguns deles e bata um papo antes mesmo de o bebê nascer. Isso não é obrigatório, mas pode ajudar a formar um vínculo de confiança entre vocês. No dia do parto, deve haver sempre um pediatra acompanhando. Você tanto pode pedir que seja o que você escolheu (verifique quanto ele cobra e se o plano de saúde dá cobertura) ou optar pelo que estiver de plantão na maternidade. 


41 - O bebê já tem de sair da maternidade na cadeirinha do carro? 
Sim. Se você ainda não escolheu um bebê-conforto ou uma cadeirinha, essa é a hora. Você deve levá-la para a maternidade para trazer o bebê de volta para casa com segurança. A cadeirinha deve ser colocada virada para trás, na direção contrária ao movimento do carro, sempre no banco traseiro. 


42 - Como fica o valor do meu salário durante a licença-maternidade? 
A licença é de 120 dias a partir do oitavo mês de gestação, com salário integral, até o valor de R$ 12.720, pagos pela Previdência Social. Para quem não tem renda fixa, o valor pago corresponde à média dos seis meses anteriores ao parto. Se a gestante tiver dois ou três empregos, receberá dois ou três salários, correspondentes à renda anterior. A lei concede prorrogação de 14 dias na licença se houver motivos de saúde que requisitem tal afastamento. 


43 - Os lanches entre as refeições são importantes? 

Sim, mas os alimentos devem ser nutritivos. Fuja de salgadinhos e calorias vazias, como as dos refrigerantes. Sucos, vitaminas e iogurtes batidos com fruta são boas opções. Na hora de comer um sanduíche, escolha pão integral, queijo e salada em vez de embutidos. Pedaços de cenoura, salsão, pequenos tomates ou frutas secas também ajudam. Lembre-se de que, durante os nove meses, você pode comer 300 calorias a mais por dia. 

44 - De quantos dias é a licença-paternidade? 
O pai tem direito a cinco dias corridos de licença, a partir do momento do nascimento do filho. 

45 - Estou preocupada com o parto. O que faço? 
No final da gravidez, o cansaço a faz desejar que o bebê nasça logo, mas a proximidade do 
parto traz o medo do desconhecido. Falar com o médico garante tranqüilidade. Não tenha vergonha de perguntar. Você precisa estar preparada. 


Fernando Martinho
46 - O que eu devo levar para a maternidade?
Bebê 

• 6 bodies 

• 6 calças (culotes) 

• 6 macacões 

• 1 casaquinho (se for inverno, leve 2 ou 3) 

• 2 mantas 

• Fraldinhas de boca 

• Meias ou sapatinhos, se os macacões não tiverem pés 

• Enfeite para a porta do quarto 

• Lembrancinhas 

• Cadeirinha para o carro 


Mãe

• 3 pijamas ou camisolas, de preferência com abertura na frente (ou as chamadas roupas de 
ficar em casa, conjuntos molinhos de calça e blusa que hoje começam a substituir os pijamas na preferência das grávidas) 

• 1 robe 

• 2 sutiãs de amamentação 

• 6 calcinhas grandes 

• 1 par de chinelos 

• Objetos de higiene pessoal (desodorante, xampu, escova de dentes etc.) 

• Absorventes (caso a maternidade não forneça) 

• Uma muda de roupa para voltar para casa 

• Os documentos exigidos pela maternidade e pelo convênio médico 

• Os telefones de quem você quer avisar 









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