quarta-feira, 31 de março de 2010

Criança Mimada,Birra ou tem algo errado?

Postado por Unknown às 11:40

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bebê birrento
Birra: a hora de dizer não para a criança

Nem sempre é fácil lidar com os escândalos protagonizados pelas crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos a lidar com as frustrações e ter uma vida mais feliz.
Por Angela Senra
Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para lidar com a birra infantil é não se desesperar. Gritar e perder o controle só reforça esse tipo de comportamento da criança, que entende a sua reação como parecida com a dela. Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la do controle e chamou a sua atenção, desconfia que você acabará cedendo, especialmente se estiverem em público. E, aí, salve-se quem puder.

Segundo a psicanalista infantil e familiar Anne Lise Scappaticci, de São Paulo, desde muito cedo as crianças aprendem a arte da manipulação. “Da mesma maneira que sabem que agradam quando são boazinhas, percebem que podem usar a birra para conseguir o que desejam”, diz.

A teima faz parte do comportamento infantil, como uma tentativa de a criança demonstrar certa independência e expressar suas vontades. E aparece por volta de 1 ano e meio de idade.

Quando a criança tenta conseguir o que quer através de showzinhos, a dica é dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por horas. Você pode dizer que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por causa disso não vai ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos que a criança esteja se debatendo e corra o risco de se machucar.

“Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando até ela se acalmar”, afirma Anne Lise. Se o incidente ocorreu numa festa de aniversário, por exemplo, assim que cessar, volte para casa. Depois de um escândalo como esse, a criança não pode ser recompensada com diversão.

Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e você estiver no shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se acalmar e, se for o caso, nem retornar. O problema é acabar com o programa dos irmãos ou da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que a birra não levará a nada, que você não mudará de ideia.

“Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras diminuem. Depois de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não adianta e para de insistir. Se isso não acontece, é porque a criança descobriu que fazer cena funciona e ela sempre ganha a parada”, diz Vera.

A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva. “Os pais precisam ser firmes, mesmo que o filho chore e fique com raiva deles. Se cedem a cada vez que ele fica desapontado, acabam criando uma pessoa que não suporta a frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica malvista pelos amigos, que muitas vezes se afastam”, alerta Anne Lise.

O que é normal e quando a birra é preocupante
O bebê está brincando, você precisa dar banho nele para sair, mas a criança não quer. Ele se rebela e chora. Nessas horas, o truque é mudar seu foco, chamando a atenção para objetos e pessoas de que ele gosta. Imagine se os pais ou os cuidadores sempre cederem a essa pequena rebeldia? Como conseguirão encontrar um momento para levá-lo à banheira? E quando ele ficar maior, serão os pais capazes de impor obediência?

A psicanalista Vera Iaconelli explica que a capacidade de aceitar regras vai se desenvolvendo ao longo do tempo e os pais não precisam fazer disso uma batalha, entrando em constante confronto com a criança.

“Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo, vetando qualquer chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer. O equilíbrio está em selecionar o não para coisas realmente importantes, como morder e bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada, atravessar a rua sem dar a mão.”

Se seu filho sempre se comporta como um birrento, atenção! “Apesar de ser frequente no universo infantil, o padrão indica um problema mais sério. É hora de procurar ajuda de um especialista. Do contrário, a birra fará a criança se fechar em uma ideia fixa, sem enxergar outras possibilidades”, alerta Anne Lise.

É difícil enfrentar um comportamento quando ele aparece pela primeira vez. E é muito comum a criança que nunca fez uma determinada birra um dia se atirar no chão e fazer manha, deixando os pais atônitos.

Uma das explicações para isso é a imitação. Ela pode ter visto o amiguinho fazer o mesmo, percebido que funcionou e tentar a sorte também. “O papel dos pais nessa hora é dizer não e tirar a criança do local. Ponto final. Não caia na tentação de passar meia hora falando, dando corda para uma atitude repreensível ou criticando a ação como se fosse a pior coisa do mundo”, diz Vera.

Birra: sermões não resolvem, insista nas regras
“Até os 5 ou 6 anos, a criança não consegue manter a concentração nas palavras por mais de 20 ou 30 segundos”, diz a psicóloga infantil e terapeuta familiar Suzy Camacho, autora do livro Guia Prático dos Pais (ed. Paulinas).

Por isso, é fundamental insistir nas regras. “Antes de sair de casa, converse com ela e deixe claro o que não será permitido. Dependendo da idade, ela pode esquecer, daí a necessidade de repetir a história muitas vezes, até que ela aprenda.

Antes de chegar ao supermercado, por exemplo, deixe claro o que será possível comprar entre as guloseimas de que ela gosta e quando poderá comer. Caso ela abra o iogurte ou o pacote de bolacha ainda na loja ou no carro, seja firme. Diga que não é hora nem lugar para comer aquilo e coloque o produto em local fora de alcance. “A estratégia é evitar o acesso fácil ao que é proibido e aguentar a birra, mesmo que se sinta constrangido por estar em local público”, afirma Anne Lise.

Muitas vezes, os pais acabam dizendo sim, sim, sim por pena de ver o filho sofrer. Quem nunca teve ímpetos de aceitar levar um brinquedo caríssimo só de olhar para a carinha de choro de seu filho, implorando no meio da loja, quando o combinado era não comprar nada?.

Segundo Suzy, no entanto, para criar pessoas equilibradas é preciso que os pais impeçam o filho de impor sempre sua vontade. “Quem não quer ter um ditador precisa dizer não. Crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando adultos infelizes, irritadiços, agressivos, depressivos, já que o mundo não dá o mesmo sim incondicional dos pais”, afirma Suzy.

O limite, explica Vera, é uma forma de evitar a teima e deixar a criança mais segura. “A criança sem limite se sente culpada, sem chão, tem dificuldades para ficar longe dos pais. Quando eles são firmes, elas se sentem acolhidas e entendem que uma cena não os fará mudarem de ideia.”

“Se os pais forem coerentes com o que dizem e fazem, terão um filho disciplinado aos 7 anos e deverá seguir assim pelo menos até a adolescência, quando a rebeldia, uma nova forma de birra, ressurge em intensidade variada, dependendo de como a criança vem lidando com as frustrações”, conta Suzy.
Os neurologistas afirmam que este comportamento se deve a falta de maturidade neurológica e que costuma desaparecer lá pelos quatro anos de idade.
Nos momentos de demonstrações de birra da criança, o melhor a fazer é ficar calmo, pois não adianta dialogarmos com a criança que está descontrolada e que não consegue ouvir as palavras dos adultos. É mais indicado esperarmos ela parar com a manha e falarmos que nem tudo se pode obter gritando e chorando.
Os adultos costumam bater na criança quando surge o comportamento de birra. Pergunto: “Dá certo?”. Eles me respondem que sim, pois “o filho parou de fazer a pirraça”. Então pergunto: “O que a criança aprendeu?” Os adultos riem e dizem que: “O filho aprendeu a respeitá-lo, porque não fez mais”. Continuo a conversa: “Você bateu na criança porque não sabia o que fazer com a situação de birra?”. Eles concordam comigo e eu prossigo: “Seu filho sentiu medo de sua mão pesada e do seu tamanho, mas não aprendeu a adiar as frustrações. A criança precisa aprender a adiar as suas satisfações e é enfrentando a birra que ela aprenderá a adiar os seus desejos!”.

O melhor modo de ensinarmos aos nossos alunos da educação infantil é falarmos com ele que não adianta fazer birra, pois não vai conseguir nada a menos que mereça. Caso a criança não mereça, o seu desejo não será satisfeito.
A birra é passageira!
A birra é passageira! Os adultos ficam constrangidos quando a criança faz birra em locais públicos. O melhor é esquecermos que estamos sendo observados e deixar a criança se acalmar naturalmente. Não podemos e nem queremos nos tornar escravos dos caprichos da criança. O melhor é propiciarmos o adiamento dos desejos infantis, pois estamos preparando os nossos filhos/alunos para a vida e para o mundo.
Batendo na criança estamos ensinando a temer o mais forte e a usar a violência para resolver os conflitos! Não estamos dando ensinamentos para vida. Ensinar nossas crianças a esperar e a controlar seus desejos é educar para a vida adulta e equilibrada.
Algumas pessoas alegam que com a Psicologia “as crianças fazem o que querem”, mas a meu ver, isto é uma desculpa para não assumirmos falhas na educação que damos as crianças.
Pais autoritários batem nos filhos quando não sabem o que fazer com o comportamento de birra. Esses pais alegam que é para impor respeito. Se não fizer assim: “Vai perder o controle sobre a criança!”. E se envaidece porque o comportamento parou.
Pais ausentes ou imaturos alegam que não sabem o que fazer com o seu filho quando fazem birra.
Pais equilibrados procuram especialistas para se aconselharem no que se refere ao que fazer na situação de birra.
Pense nisso: “A mãe que diz não e, diante da insistência do filho, acaba cedendo,ensina para a criança que o “não” pode virar “sim”, desde que ele insista. Essa insistência pode durar 1 segundo ou 3 horas. A criança vai continuar tentando, enquanto acreditar que pode transformar o ‘não’ em ’sim’ ”. (Içami Tiba)

Isso é tudo que queremos: Bebê Rindo



1 comentários:

ana on 5 de abril de 2010 às 16:35 disse...

Amiga lindaaaaaa estou amando os posts, olha só coloca meu blog lá nos links, vou amarrrr!!! Cheiroooo

http://annadiniz.blogspot.com/

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